Previsão de conclusão em 2026
Obras estão paradas desde 2015
Requer investimentos de R$ 15,5 bi
O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) aprovou nesta 3ª feira (9.out.2018) uma recomendação para reajustar a tarifa da energia que será gerada na usina nuclear de Angra 3. A proposta prevê que a tarifa atual da usina, de R$ 240 megawatts/hora (MWh), dobre para R$ 480 MWh.
O aumento na tarifa é uma demanda da Eletrobras, responsável pelas obras da usina. A medida é apontada como uma das maneiras de viabilizar o término da construção da usina, cujas obras estão paradas desde 2015, alvo da operação Lava Jato.
O grupo também aprovou estudos para a retomada das obras da usina. A expectativa do governo é que a usina comece a gerar energia elétrica em janeiro de 2026. Os investimentos previstos são de R$ 15,5 bilhões.
O governo quer buscar investidores externos para auxiliar na finalização da construção. Para isso, o MME (Ministério de Minas e Energia) vai propor ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos uma avaliação para qualificar o empreendimento no portfólio.
A usina tem capacidade de 1.405 MW em energia segura, ou seja, independente de condições climáticas. O empreendimento será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.
De acordo com o MME, a operação de Angra 3 pode proporcionar “mais segurança energética e elétrica ao sistema elétrico brasileiro” e reduzirá o acionamento de térmicas mais caras.
O argumento é que, por estar localizada na Região Sudeste, onde há maior consumo de energia no país, o acionamento da usina poderá gerar menores custos com a transmissão de energia.