Iremos tratar de maneira rasa mais sobre a visão do Bitcoin e comparar este surgimento de 2009 das cryptomoedas, com o movimento de Software Livre, que já tem mais décadas de vida e há semelhanças entre os modelos que podemos comparar entre o novo movimento das criptomoedas e o movimento mais velho dos softwares livres.
Ninguém vai repatriar aquilo que não tem pátria… Bitcoin sempre será livre!
Na teoria sem dúvida. Mas na prática, creio que é o mesmo que ocorreu com o software livre.
Estava vendo como era financiado os softwares atualmente dito livres (os mega softwares livres apenas) e numa análise temporal é interessante ver que ele é mantido pelas mesmas empresas que o software livre diz combater. E não sei se este ano ou ano passado, inclusive, o sistema de votação foi modificado tirando importância de quem contribui pouco para quem contribui muito em dinheiro. Creio que acima de 200 mil dolares por ano.
Temporalmente, no início, eram realmente livres, mantidos por esforços dos mais diversos. Com o tempo, corporações foram organizando e cedendo força de trabalho que agiam sobre seu interesse. Com o tempo foram organizando uma ‘fundação’ para controlar os esforços e indicar os caminhos. Depois, passaram a medir em dinheiro o quanto cada um doava de trabalho. E dai criaram peso por votos de acordo com o patamar com que cada um contribuia.
No caso das moedas virtuais, o problema está em quem mantem a infra, que hoje exige mto para dar conta de todas as transações mundiais. Fora que a própria especificação da Bitcoin já parecia ter gargalos para ela própria, se ela fosse pensada para uso em larga escala.
Creio que enquanto não conseguirem fazê-la poder ser controlado por computadores acessíveis e bandas de internet comum, a caça a elas é tranquila, porque volta aos agentes que tem poderes economicos para controlar 51% da rede. Isto pensando no total do usuário é mto, mas quando analisamos poder computacional exigido, verificamos que a lista de controladores se concentra na china em sua maioria, um pouco no eua e europa e praticamente dai, o resto todo somado é pouco relevante.
E o que importa na rede é o poder computacional. Logo, para manter este poder computacional é necessário poder economico para manter mensalmente o custo necessário para manter tudo operando e no alto da cadeia de transações.
Claro que a moeda preve que seja pago fee pelas transações numa tentativa de sustentar os custos, porém, antes de ter os fees, é necessário mais uma vez ter as melhores estruturas para receber as prioridades de pagamento em bitcoin.
Creio que existem outros fatores problemas, mas o que já foi feito é de altíssima a mega genialidade. Só corrigirem o pouco que falta para ela ganhar a independencia que precisa dos meios que utiliza para hoje se manter.
O cenário perfeito seria poder rodar em qualquer equipamento simples como servidor, mas isto é muito ilusório tecnicamente.
Creio que as moedas virtuais e o software livre tem o mesmo arranjo psicologico e mercadologico. Mesmos interesses em jogos, mas dependentes de certos insulmos que as colocam novamente como presa do mesmo mecanismo de operação do sistema / dinâmica mundial.
A bitcoin e o linux podem ser mto bem comparados por serem os mais famosos de ambos. Começa totalmente livre, fundado por pessoas muito inteligentes e com bons interesses.
No entanto, quando se torna um agente de influencia no mercado, a maneira de operar de certos agentes tende a prevalecer de maneira ‘oculta’ porque poucos pesquisam o que está fazendo a roda girar.
E o que gira a roda são na maior parte são ‘os financiadores concorrentes’. No caso do linux, são praticamente todas as empresas que concorrem com ele. A microsoft chegou ao topo faz poucos dias ou semanas. (em referência a escrita original deste texto, 2016-12-21)
A maior parte das doações são de usuários e pequenas empresas, mas quem detem a maioria dos votos são as grandes corporações de informaticas que são ‘atacadas pela concorrencia do Linux’
No caso da Bitcoin, tirando interesse dos bancos e agentes financeiros americanos, não fui a fundo procurar na china quem estava mantendo, porque por si só estar na china já é perigoso demais em termos financeiro. Estará a merce do interesse e do humor de parasitas políticos com poderes de execução maiores do que os dos equivalentes existentes em grande parte do mundo ocidental.
E em certos casos, se precisar implodir o que é mantido, é bom, pq ele é também concorrente do produto que o financia.
Esta implosão já aconteceu no software livres várias vezes. E o resultado. ‘A new fork has been released’ e dai nasce um novo projeto, em geral quando grande, melhor e mais poderoso, de agentes os mais diversos possíveis atuando.
Pode ser o mesmo destino que vá acontecer com as moedas virtuais. Dai não sei o futuro e nem como prevê-lo. O problema que manter os códigos de um sistema open source não é tão caro. Caro é mão de obra para evoluí-lo.
No caso das moedas virtuais, o caro é a estrutura para ser mantida com capacidade de processamento global e que não fique 51% concentrada na mão de um ou poucos agentes.
Mas é um caso interessante demais e genialmente criado. Creio que mais uma arma da grandiosidade da internet. Mas não esqueça de comparar a internet de 2000 com a de hoje. O modelo já é mto diferente e muito controlado. Vamos ver o que o futuro nos reservas.
É preciso realmente ver além e buscar. O controle pode estar bem a frente, mas não conseguir ser visto.
