Alvarenga Milton

A Terra já passou por um aquecimento antes e quase nada sobreviveu

A Terra já passou por um aquecimento antes e quase nada sobreviveu

Carl Zimmer
Do New York Times
16/12/2018 04h01
URL: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/the-new-york-times/2018/12/16/o-planeta-ja-passou-por-um-aquecimento-antes-e-quase-nada-sobreviveu.htm

Cerca de 252 milhões de anos atrás, a Terra quase morreu.

Nos oceanos, 96% de todas as espécies foram extintas. É mais difícil determinar quantas espécies terrestres desapareceram, mas a perda foi comparável.

Essa extinção em massa, no final do período Permiano, foi a pior da história do planeta e aconteceu ao longo de alguns milhares de anos –um piscar de olhos geológico.

Neste mês, uma equipe de cientistas divulgou um relato detalhado de como a vida marinha foi dizimada durante a extinção em massa do Permiano-Triássico. O aquecimento global roubou o oxigênio dos oceanos, disseram, o que acabou matando muitas espécies.

E nós podemos estar repetindo o processo, advertem os cientistas. Se assim for, então a mudança climática está “certamente na categoria de um evento de extinção catastrófico”, disse Curtis Deutsch, cientista da Terra da Universidade de Washington e coautor do novo estudo, publicado na revista Science.

Os pesquisadores há muito tempo conhecem os contornos gerais do cataclismo do Permiano-Triássico. Pouco antes das extinções, os vulcões no que hoje é a Sibéria entraram em erupção em uma escala tremenda. O magma e a lava expelidos produziram enormes quantidades de dióxido de carbono.

Uma vez na atmosfera, o gás aprisionou o calor. Os pesquisadores estimam que a superfície do oceano se aqueceu 4,4 ºC. Alguns pesquisadores argumentam que o calor foi suficiente para matar os animais.

Outros acreditam que o calor reduziu o oxigênio no oceano, asfixiando as espécies que viviam nele. Rochas da época da extinção em massa parecem ter se formado quando pelo menos parte dos oceanos estava sem oxigênio.

Em pesquisas anteriores, Deutsch explorou como os animais vivos se adaptam aos níveis de temperatura e oxigênio nos mares. Aqueles com um metabolismo rápido precisam de muito oxigênio, por exemplo, e assim não podem viver em partes do oceano onde o elemento cai abaixo de certo limiar.

A água morna dificulta ainda mais o problema. A água mais quente não consegue segurar tanto oxigênio dissolvido quanto a água fria. E o pior: a água morna também pode aumentar o metabolismo de um animal, exigindo mais oxigênio apenas para continuar vivo.

O bacalhau, por exemplo, não é encontrado abaixo da latitude que vai da Nova Inglaterra até a Espanha. Ao sul dessa linha, o calor e a baixa concentração de oxigênio não são adequados para a espécie.

Deutsch e Justin Penn, um aluno de pós-graduação, recriaram o mundo no fim do período Permiano com uma simulação de computador completa em grande escala, com a atmosfera aprisionando o calor e com um oceano circulante.

Quando os vulcões siberianos inundaram a atmosfera virtual com dióxido de carbono, a atmosfera aqueceu. O oceano também se aqueceu e, de acordo com o modelo, começou a perder oxigênio.

Algumas partes perderam mais que outras. Na superfície, por exemplo, o oxigênio fresco era produzido por algas fotossintéticas. Mas, com o oceano aquecido, suas correntes circulatórias também diminuíram, como demonstrou o modelo.

A água pobre em oxigênio depositou-se no fundo dos oceanos e, em pouco tempo, as profundezas estavam ofegantes.

As temperaturas crescentes e o pouco oxigênio devem ter deixado inabitáveis enormes áreas oceânicas. Algumas espécies sobreviveram aqui e ali, mas a maioria desapareceu completamente.

“Todos estavam perdendo seu habitat, criando o risco de extinção. Mas o risco foi realmente maior em lugares que eram frios. Isso foi um pouco surpreendente”, disse Deutsch.

É possível supor que os animais perto do Equador correriam um risco maior, porque a água já era mais quente. Mas o modelo de Deutsch sugeriu um tipo bem diferente de apocalipse.

As espécies de água fria rica em oxigênio não conseguiram lidar com a queda repentina, enquanto as de águas tropicais já estavam adaptadas. E as primeiras não conseguiram encontrar refúgio em outro lugar.

Para testar sua simulação, os pesquisadores se juntaram a Jonathan Payne e Erik Sperling, paleontólogos da Universidade de Stanford. Eles pesquisaram a fundo um enorme banco de dados online de fósseis para traçar os riscos de extinção em diferentes latitudes durante a catástrofe.

Quando concluíram a análise, enviaram seu gráfico para Seattle. Deutsch e Penn o compararam com a previsão de seu modelo de computador.

Tudo combinava. “Esse foi o momento mais emocionante da minha vida científica”, disse Deutsch.

Michael Benton, paleontólogo da Universidade de Bristol, na Inglaterra, que não estava envolvido no estudo, disse que isso esclareceu os papéis do calor e do oxigênio como causas da extinção em massa. “Parece estar claro que os dois estão ligados”, disse ele.

O novo estudo é um alerta importante para os seres humanos ao longo dos próximos séculos.

Os vulcões siberianos liberaram muito mais dióxido de carbono na atmosfera do que jamais emitimos por meio da queima de combustíveis fósseis. Mas a nossa taxa anual de emissão de carbono é de fato maior.

O carbono que produzimos nos últimos dois séculos já deixou a atmosfera mais quente, e o oceano absorveu muito desse calor. E agora, assim como durante a extinção do Permiano-Triássico, o oceano está perdendo oxigênio. Nos últimos 50 anos, os níveis de oxigênio diminuíram 2%.

“A maneira como o sistema terrestre está respondendo agora ao acúmulo de CO² é exatamente igual à que vimos no passado”, disse Kump.

Quão mais quente o planeta vai ficar, depende de nós. Será necessário um esforço internacional tremendo para manter esse aumento abaixo de 2,2ºC.

Se consumirmos todos os combustíveis fósseis da Terra, ela poderia ficar 3,8ºC mais quente até 2300.

À medida que o oceano aquece, seus níveis de oxigênio continuam a cair. Se a história serve de guia, as consequências para a vida, especialmente a vida marinha nas partes mais frias do oceano, serão desastrosas.

“Se nada for feito, o aquecimento climático vai colocar nosso futuro no mesmo patamar de alguns dos piores acontecimentos da história geológica”, disse Deutsch.

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OAS pagava R$ 200 milhões de propina por ano, dizem delatores

OAS pagava R$ 200 milhões de propina por ano, dizem delatores

Por: Wálter Nunes
EM: 15.dez.2018 às 13h27
URL: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/12/oas-pagava-r-200-milhoes-de-propina-por-ano-dizem-delatores.shtml

O grupo empresarial OAS repassava cerca de R$ 200 milhões em propina todo ano até se tornar alvo da Lava Jato em 2014, segundo ex-funcionários do departamento responsável pelo caixa dois e distribuição de dinheiro ilegal da empreiteira.

Oito desses executivos, que trabalhavam numa área denominada Controladoria, assinaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no ano passado.

Foi com base em seus depoimentos que a Polícia Federal avançou na Operação Sem Fundos, fase da Lava Jato que investigou desvio de verbas nas obras do conjunto Torre Pituba, sede da Petrobras na Bahia.
O empreendimento foi realizado com dinheiro da Petros, fundo de pensão dos funcionários da estatal, e construído pelas empreiteiras OAS e Odebrecht.

A Polícia Federal vinha investigando o caso com base em depoimentos de delatores da Odebrecht, mas desconfiava que havia peças faltando nas histórias contadas. Recorreu então aos delatores da OAS.
Os policiais estimam que mais de R$ 68 milhões em propina foram distribuídos relacionados à construção da Torre Pituba.

No dia 23 de novembro, a juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na Lava Jato, determinou a prisão de 22 pessoas, entre elas o herdeiro da OAS, César Mata Pires Filho, executivos da empreiteira, diretores da Petros e pessoas ligadas ao PT.

Ao menos seis dos presos da companhia baiana já vinham tentando fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Pires Filho, os ex-presidentes da empresa Leo Pinheiro e Elmar Varjão e os executivos José Nogueira Filho, Manuel Ribeiro Filho e André Petitinga relataram casos de corrupção à Procuradoria-Geral da República no ano passado esperando conseguir benefícios judiciais. O acordo, porém, não foi fechado.

A OAS tentava concluir uma delação em conjunto de funcionários, nos moldes do grande acordo firmado com a Odebrecht, que envolveu 77 executivos. Mais de 80 empregados da companhia foram chamados a relatar atos ilícitos.

No início de 2017, 24 desses executivos se reuniram por três dias com procuradores em Brasília, para descrever fatos e entregar os roteiros de suas delações.

Os investigadores, porém, desconfiaram que os representantes da cúpula da companhia não estavam contando tudo que sabiam.

Um executivo que participou das tratativas disse à Folha que o primeiro sinal de que as conversas não caminhavam bem foi quando uma procuradora disse a um dos dirigentes da empresa que o encontro estava sendo inútil, pois o candidato a delator se mostrava inocente. Um acordo de delação só se aplica a culpados que querem confessar.

Desde então, a Procuradoria concentrou sua atenção nos oito integrantes do setor de propina, que eram jovens executivos que ocupavam posição intermediária na hierarquia do grupo empresarial e que tinham papel operacional. Eles cuidavam da geração do dinheiro da propina e faziam com que ele chegasse até o destino.

Os delatores da Controladoria foram detalhistas ao relatar que a OAS contava com um esquema de doleiros para pagar suborno no exterior.

Entre esses operadores, segundo os delatores, estavam Jorge Davies, que foi alvo da Operação Câmbio, Desligo, feita no Rio de Janeiro e que mirou o mercado clandestino de dólar, e Alberto Youssef, pivô e delator de primeira hora da Lava Jato.

Os delatores também descreveram encontros em hotel para a entrega de dinheiro vivo a políticos e agentes públicos.

Os outros departamentos da OAS eram “clientes” do setor de propinas, que atuou, por exemplo, para a área de construção de arenas esportivas e até o departamento jurídico.

Os relatos dos delatores implicaram os recebedores da propina, mas também os próprios ex-colegas da OAS que não fecharam delação, levando à prisão de pessoas da cúpula da companhia até o baixo escalão.
Após a homologação da delação só com os funcionários do setor de propinas da OAS, a empreiteira ainda tentou conduzir uma negociação para uma colaboração conjunta da cúpula da empresa.

Essa tratativa foi conduzida em nome de Pinheiro e dos herdeiros César Mata Pires Filho e Antônio Carlos Mata Pires. Mas em agosto do ano passado, com a morte do patriarca, Cesar Mata Pires, o bloco implodiu.

Pinheiro e os herdeiros não mais negociam juntos. A empreiteira parou de dar suporte financeiro a ele.
Pinheiro negocia delação com base em décadas sendo o contato da OAS com o mundo político. Cesar Mata Pires Filho propôs relatar como se dava seu contato com políticos de São Paulo.

Antonio Carlos Mata Pires sinalizou à Procuradoria casos envolvendo FI-FGTS (Fundo de Investimento do FGTS) e os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras).

O ex-presidente Elmar Varjão tem relatado casos envolvendo políticos baianos.

A Folha apurou que a proposta de delação recebida com mais empolgação na Procuradoria é a do diretor-superintendente Reginaldo Assunção, que nas últimas duas décadas foi o principal nome de empreiteiras no contato com os políticos do estado.

A OAS disse, em nota, que conta com uma nova gestão e tem contribuído com as autoridades competentes e com a justiça, prestando todos os esclarecimentos que se façam necessários. A empresa esclarece que formalizou a leniência junto ao Cade.

Departamento de propina da OAS

Setor movimentava R$ 200 milhões em propina anualmente
Contava com uma rede de doleiros para remessa de dinheiro ilegal para o exterior
Funcionários também entregavam dinheiro vivo em hotéis
Oito executivos desse setor fecharam acordo de delação premiada que implica políticos, agentes públicos e os outros dirigentes da empreiteira

Ex-cúpula da OAS ainda tenta delação

Leo Pinheiro
Ex-presidente foi por décadas o contato da empreiteira com o mundo político

Cesar Mata Pires Filho
Herdeiro propôs relatar como se dava seu contato com políticos de São Paulo

Antonio Carlos Mata Pires
Herdeiro sinalizou à Procuradoria casos envolvendo fundos de pensão

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SP: Motorista começa a pagar IPVA em 9/1; valor mais alto é de R$ 159,3 mil

SP: Motorista começa a pagar IPVA em 9/1; valor mais alto é de R$ 159,3 mil

URL: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/12/13/ipva-sao-paulo.htm
Do UOL, em São Paulo
Em: 13/12/2018 16h01

O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) ficará 3,4% mais barato, em média, no estado de São Paulo em 2019. Em números absolutos, o carro com IPVA mais caro no estado (R$ 159.298,64) é uma Ferrari ano 2016. O carro com o IPVA mais barato (R$ 68,80) é um veículo de fabricação própria ano 2004, de acordo com a Secretaria da Fazenda do estado.

O calendário de pagamento do IPVA para carros e motos começa em 9 de janeiro e vai até 22 de março.

Os donos de veículos podem pagar o imposto em uma parcela única no mês de janeiro, com desconto de 3%, ou em uma parcela única em fevereiro, sem desconto. Outra opção é pagar o imposto dividido em três vezes. Nesse caso, o pagamento segue um calendário que muda conforme o final da placa do carro (veja as datas por placa mais abaixo).

Valor de venda dos veículos caiu
As alíquotas do imposto vão de 1,5% a 4%, dependendo do tipo de veículo e do combustível com o qual ele é movido.

As porcentagens são aplicadas ao valor de venda de cada carro no mercado, considerando a tabela apurada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que abarca 11.556 diferentes marcas, modelos e versões de veículos. Segundo a secretaria, como a tabela registrou queda no valor de venda dos carros no mercado de 2017 para 2018, o valor final do IPVA também cai.

A frota total de veículos no estado de São Paulo é de aproximadamente 25,1 milhões, dos quais 17,4 milhões estão sujeitos ao recolhimento do IPVA. O governo do estado prevê arrecadar R$ 14,9 bilhões com o imposto em 2019.

Como pagar?
Para fazer o pagamento, o dono do veículo pode ir a uma agência bancária credenciada com o número do Renavam. Também é possível pagar o imposto nos caixas eletrônicos, pela internet ou aplicativo, via débito agendado ou por outros canais oferecidos pelos bancos.

Veja o calendário de pagamento, de acordo com final da placa:

  • Final 1 – 9 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 11 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 11 de março (terceira parcela)
  • Final 2 – 10 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 12 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 12 de março (terceira parcela)
  • Final 3 – 11 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 13 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 13 de março (terceira parcela)
  • Final 4 – 14 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 14 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 14 de março (terceira parcela)
  • Final 5 – 15 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 15 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 15 de março (terceira parcela)
  • Final 6 – 16 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 18 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 18 de março (terceira parcela)
  • Final 7 – 17 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 19 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 19 de março (terceira parcela)
  • Final 8 – 18 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 20 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 20 de março (terceira parcela)
  • Final 9 – 21 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 21 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 21 de março (terceira parcela)
  • Final 0 – 22 de janeiro (primeira parcela ou à vista com desconto), 22 de fevereiro (segunda parcela ou à vista sem desconto), 22 de março (terceira parcela)

Esqueci de pagar. E agora?
Caso o dono do veículo perca o prazo para pagar a primeira parcela, o pagamento só poderá ser feito nas agências bancárias, com multa de 0,33% por dia de atraso e juros de mora com base na taxa Selic.

Se a dívida passar de 60 dias, o percentual da multa é fixado em 20% do valor do IPVA. Permanecendo a inadimplência, o proprietário fica impossibilitado de fazer o licenciamento do veículo, além de ter o nome sujo.

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PF diz que Aécio recebeu R$ 109 mi para comprar apoio político nas eleições 2014

PF diz que Aécio recebeu R$ 109 mi para comprar apoio político nas eleições 2014

Por: Teo Cury, Fausto Macedo e Julia Affonso [ESTADAO]
Em: São Paulo 11/12/2018 16h21
URL: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/12/11/pf-diz-que-aecio-recebeu-r-109-mi-para-comprar-apoio-politico-nas-eleicoes-2014.htm

A Operação Ross, deflagrada na manhã desta terça-feira, 11, pela Polícia Federal, aponta que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) liderou uma associação criminosa que teria como finalidade comprar apoio político para sua campanha presidencial nas eleições de 2014. De acordo com a PF, o Grupo J&F, dos irmãos Batista, pagou propina, a pedido de Aécio, de R$ 109,3 milhões ao senador, seu partido e outras legendas, como PTB, DEM e Solidariedade.

A operação, um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017, investiga ao todo um suposto pagamento direto e indireto de propina de R$ 128 milhões da J&F ao senador Aécio Neves e seu grupo político entre os anos de 2014 e 2017. De acordo com a PF, parte do valor foi repassado ao senador em espécie e outra por meio de depósitos bancários e pagamento de serviços simulados. São investigados os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antônio Anastasia (PSDB-MG), e os deputados federais Cristiane Brasil (PTB-RJ), Benito Gama (PTB-BA) e Paulinho da Força (SD-PR).

As investigações mostram que o senador Aécio Neves teria recebido R$ 109,3 milhões para a campanha presidencial da coligação apoiadora do PSDB. O valor teria sido solicitado por Aécio em encontro com o empresário no início de 2014.

A PF aponta que outra parte da propina teria sido entregue a pedido de Aécio por meio de doações oficiais que totalizaram R$ 64,6 milhões a diretórios e candidatos do PSDB. Ao PTB, teria sido destinado R$ 20 milhões, mediante intermediação de Cristiane Brasil, Benedito Gama e Luiz Rondon, tesoureiro do partido. Ao Solidariedade, as doações teriam sido de R$ 15 milhões, por intermédio de Paulinho da Força e Marcelo Lima Cavalcanti.

O dinheiro também teria ido a outros partidos, como DEM, PTN, PSL, PTC, PSC, PSDC, PT do B, PEN, PMN, que, juntos, receberam R$ 10,3 milhões, para comprar apoio político para a campanha presidencial de 2014.

A investigação também aponta o pagamento de R$ 2 milhões para a campanha de Antônio Anastasia ao governo de Minas Gerais e que teria sido viabilizado mediante pedido de Aécio Neves. O senador também teria solicitado no primeiro trimestre de 2015 em novo encontro na residência de Joesley Batista, em São Paulo, R$ 18 milhões para a quitação de despesas eleitorais pendentes da campanha presidencial de 2014. De acordo com as investigações, o senador recebeu R$ 17,3 milhões por meio da compra do prédio do jornal “Hoje Em Dia”, em Belo Horizonte (MG), pertencente a Flávio Jacques Carneiro.

As investigações mostram que entre julho de 2015 e junho de 2017, Aécio teria recebido R$ 1,35 milhão em 17 pagamentos de R$ 54 mil, por meio da Rádio Arco Íris Ltda., sediada em Belo Horizonte. O pagamento teria sido concretizado, de acordo com a PF, por meio de notas fiscais frias, alusivas a serviços fictícios em favor do Grupo J&F, o que caracteriza ciclo de lavagem de dinheiro. A rádio pertence a Andrea Neves e Inês Neves, irmã e mãe de Aécio Neves. O senador foi sócio da rádio até meados de 2016.

Em troca da propina, Aécio teria atuado em favor do grupo com o então governador do estado de Minas Gerais Antônio Anastasia, o secretário da Casa Civil, Danilo de Castro, e o subsecretário de Fazenda, Pedro Meneguetti, para a restituição de créditos fiscais de ICMS que totalizou R$ 24 milhões – sendo R$ 12,6 milhões relacionados à JBS/AS (Couros) e R$ 11,5 milhões à empresa Dagranja (SEARA).

Ao autorizar buscas em endereços do senador, sua irmã e também contra o deputado Paulinho da Força, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, apontou “indícios de relação ilícita” do tucano com executivos do Grupo J&F, entre 2014 e 2017. A Polícia Federal foi às ruas nesta terça, 11, para cumprir 24 mandados de busca e apreensão na Operação Ross.

“O quadro revelado pela autoridade policial, na medida em que ratificado, em parte, pelo órgão acusador, demonstra a existência de indícios de relação ilícita entre o investigado Aécio Neves da Cunha e executivos do Grupo J&F, entre os anos de 2014 a 2017, caracterizada pelo alegado recebimento de quantias em dinheiro, pelo senador ou em seu favor, mediante mecanismos característicos de lavagem de capitais, via empresas e pessoas identificadas na investigação em curso”, escreveu Marco Aurélio.

“Há mais: ficaram demonstrados indicativos da atuação do parlamentar, nessa qualidade, como contrapartida aos benefícios financeiros.”

Defesas
Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o senador Aécio Neves, afirmou:

“O Senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar todos os documentos que se fizessem necessários às investigações, bastando para isso o contato com seus advogados.

O inquérito policial baseia-se nas delações de executivos da JBS que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na justiça eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração. A correta e isenta investigação vai apontar a verdade é a legalidade das doações feitas”.

Também em nota, Paulinho da Força afirmou que “a delação da JBS foi desmoralizada publicamente e a fraude realizada pelos delatores foi comprovada com a prisão dos dois empresários pelo Superior Tribunal Federal (STF). A acusação absurda de compra de apoio do partido Solidariedade para a candidatura à Presidência de Aécio Neves, em 2014, beira o ridículo.

Desde a sua criação, em 2013, o Solidariedade já apoiava o candidato Aécio Neves por acreditar em seus projetos para o país. De qualquer forma, o deputado federal Paulinho da Força se colocou à disposição da justiça para prestar quaisquer esclarecimentos, desde que lhe seja facultado acesso ao processo previamente”.

O senador José Agripino afirmou que “não foi alvo de busca e apreensão em nenhum dos seus endereços. Enquanto presidente nacional do Democratas, buscou, seguindo a legislação eleitoral vigente, doações para o partido. Doações que, solicitadas a diversas empresas, foram voluntariamente feitas sem que o ato de doação gerasse qualquer tipo de compromisso entre o doador e o partido ou qualquer dos seus integrantes. O senador permanece à disposição da Justiça para os esclarecimentos que se fizerem necessários”.

O senador Antonio Anastasia afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que “desconhece totalmente o motivo pelo qual teve seu nome envolvido nessa história. Em toda sua trajetória, ele nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém”.

Em nota, o advogado Luiz Gustavo Pereira da Cunha, que defende Cristiane Brasil, afirmou: “Cristiane Brasil esclarece que à época dos fatos não era Deputada Federal, não conhecia os empresários do conglomerado J&F e seu papel nas eleições de 2014 foi exclusivamente o de ajudar a retirar o PTB da base de apoio do PT. A mesma somente recebeu doações oficiais e não tinha conhecimento nem acesso aos fatos a ela imputados.

As denúncias recebidas hoje pela deputada, com perplexidade, e a virulência das medidas propostas pelos investigadores só não foram adiante graças a serenidade da PGR e do STF, que negaram de pronto os pedidos de prisão e suspensão de mandato, dentre outros.

Cristiane Brasil está à disposição das autoridades e acredita na força da verdade e da justiça para provar a sua inocência”.

A assessoria do deputado federal Benito Gama divulgou a seguinte nota de esclarecimento:

“Há um fato sendo investigado sobre a eleição presidencial de Aécio Neves em 2014. Na condição de presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em exercício à época, fui convidado hoje (11), para prestar testemunho sobre este fato que tem relação com a empresa JBS e a candidatura do Aécio Neves.

Não houve contra a mim nenhuma medida de busca e apreensão ou qualquer outra medida, como divulgado pela imprensa. Assim como em toda a minha trajetória, continuo sempre à disposição da justiça em qualquer investigação. O mesmo faz parte do estado democrático.

Repudio em absoluto qualquer ato de corrupção e tentativa de ser relacionado ao objeto das investigações da Lava Jato.

Reitero a minha lisura e conduta pautada na honestidade, seriedade e responsabilidade ao longo destes mais de trinta anos dedicados à de vida pública em prol da Bahia e do Brasil”.

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THE EDUCATIONAL TYRANNY OF THE NEUROTYPICALS

THE EDUCATIONAL TYRANNY OF THE NEUROTYPICALS

Em: OI ITO IDEAS
Por: 09.06.1807:00 PM
URL: https://www.wired.com/story/tyranny-neurotypicals-unschooling-education/
STRUCTURED LEARNING DIDN’T serve me particularly well. I was kicked out of kindergarten for running away too many times, and I have the dubious distinction of having dropped out of two undergraduate programs and a doctoral business and administration program. I haven’t been tested, but have come to think of myself as “neuroatypical” in some way.

“Neurotypical” is a term used by the autism community to describe what society refers to as “normal.” According to the Centers for Disease Control, one in 59 children, and one in 34 boys, are on the autism spectrum—in other words, neuroatypical. That’s 3 percent of the male population. If you add ADHD—attention deficit hyperactivity disorder—and dyslexia, roughly one out of four people are not “neurotypicals.”

In NeuroTribes, Steve Silberman chronicles the history of such non-neurotypical conditions, including autism, which was described by the Viennese doctor Hans Asperger and Leo Kanner in Baltimore in the 1930s and 1940s. Asperger worked in Nazi-occupied Vienna, which was actively euthanizing institutionalized children, and he defined a broad spectrum of children who were socially awkward. Others had extraordinary abilities and a “fascination with rules, laws and schedules,” to use Silberman’s words. Leo Kanner, on the other hand, described children who were more disabled. Kanner’s suggestion that the condition was activated by bad parenting made autism a source of stigma for parents and led to decades of work attempting to “cure” autism rather than developing ways for families, the educational system, and society to adapt to it.

Our schools in particular have failed such neurodiverse students, in part because they’ve been designed to prepare our children for typical jobs in a mass-production-based white- and blue-collar environment created by the Industrial Revolution. Students acquire a standardized skillset and an obedient, organized, and reliable nature that served society well in the past—but not so much today. I suspect that the quarter of the population who are diagnosed as somehow non-neurotypical struggle with the structure and the method of modern education, and many others probably do as well.

I often say that education is what others do to you and learning is what you do for yourself. But I think that even the broad notion of education may be outdated, and we need a completely new approach to empower learning: We need to revamp our notion of “education” and shake loose the ordered and linear metrics of the society of the past, when we were focused on scale and the mass production of stuff. Accepting and respecting neurodiversity is the key to surviving the transformation driven by the internet and AI, which is shattering the Newtonian predictability of the past and replacing it with a Heisenbergian world of complexity and uncertainty.

In Life, Animated, Ron Suskind tells the story of his autistic son Owen, who lost his ability to speak around his third birthday. Owen had loved the Disney animated movies before his regression began, and a few years into his silence it became clear he’d memorized dozens of Disney classics in their entirety. He eventually developed an ability to communicate with his family by playing the role, and speaking in the voices, of the animated characters he so loved, and he learned to read by reading the film credits. Working with his family, Owen recently helped design a new kind of screen-sharing app, called Sidekicks, so other families can try the same technique.

Owen’s story tells us how autism can manifest in different ways and how, if caregivers can adapt rather than force kids to “be normal,” many autistic children survive and thrive. Our institutions, however, are poorly designed to deliver individualized, adaptive programs to educate such kids.

In addition to schools poorly designed for non-neurotypicals, our society traditionally has had scant tolerance or compassion for anyone lacking social skills or perceived as not “normal.” Temple Grandin, the animal welfare advocate who is herself somewhere on the spectrum, contends that Albert Einstein, Wolfgang Mozart, and Nikola Tesla would have been diagnosed on the “autistic spectrum” if they were alive today. She also believes that autism has long contributed to human development and that “without autism traits we might still be living in caves.” She is a prominent spokesperson for the neurodiversity movement, which argues that neurological differences must be respected in the same way that diversity of gender, ethnicity or sexual orientation is.

Despite challenges with some of the things that neurotypicals find easy, people with Asperger’s and other forms of autism often have unusual abilities. For example, the Israeli Defense Force’s Special Intelligence Unit 9900, which focuses on analyzing aerial and satellite imagery, is partially staffed with people on the autism spectrum who have a preternatural ability to spot patterns. I believe at least some of Silicon Valley’s phenomenal success is because its culture places little value on conventional social and corporate values that prize age-based experience and conformity that dominates most of society and most institutions on the East Coast. It celebrates nerdy, awkward youth and has turned their super-human, “abnormal” powers into a money-making machine that is the envy of the world. (This new culture is wonderfully inclusive from a neurodiversity perspective but white-dude centric and problematic from a gender and race perspective.)

This sort of pattern recognition and many other unusual traits associated with autism are extremely well suited for science and engineering, often enabling a super-human ability to write computer code, understand complex ideas and elegantly solve difficult mathematical problems.

Unfortunately, most schools struggle to integrate atypical learners, even though it’s increasingly clear that interest-driven learning, project-based learning, and undirected learning seem better suited for the greater diversity of neural types we now know exist.

Ben Draper, who runs the Macomber Center for Self Directed Learning, says that while the center is designed for all types of children, kids whose parents identify them as on the autism spectrum often thrive at the center when they’ve had difficulty in conventional schools. Ben is part of the so-called unschooling movement, which believes that not only should learning be self-directed, in fact we shouldn’t even focus on guiding learning. Children will learn in the process of pursuing their passions, the reasoning goes, and so we just need to get out of their way, providing support as needed.

Many, of course, argue that such an approach is much too unstructured and verges on irresponsibility. In retrospect, though, I feel I certainly would have thrived on “unschooling.” In a recent paper, Ben and my colleague Andre Uhl, who first introduced me to unschooling, argue that it not only works for everyone, but that the current educational system, in addition to providing poor learning outcomes, impinges on the rights of children as individuals.

MIT is among a small number of institutions that, in the pre-internet era, provided a place for non-neurotypical types with extraordinary skills to gather and form community and culture. Even MIT, however, is still trying to improve to give these kids the diversity and flexibility they need, especially in our undergraduate program.

I’m not sure how I’d be diagnosed, but I was completely incapable of being traditionally educated. I love to learn, but I go about it almost exclusively through conversations and while working on projects. I somehow kludged together a world view and life with plenty of struggle, but also with many rewards. I recently wrote a PhD dissertation about my theory of the world and how I developed it. Not that anyone should generalize from my experience—one reader of my dissertation said that I’m so unusual, I should be considered a “human sub-species.” While I take that as a compliment, I think there are others like me who weren’t as lucky and ended up going through the traditional system and mostly suffering rather than flourishing. In fact, most kids probably aren’t as lucky as me and while some types are more suited for success in the current configuration of society, a huge percentage of kids who fail in the current system have a tremendous amount to contribute that we aren’t tapping into.

In addition to equipping kids for basic literacy and civic engagement, industrial age schools were primarily focused on preparing kids to work in factories or perform repetitive white-collar jobs. It may have made sense to try to convert kids into (smart) robotlike individuals who could solve problems on standardized tests alone with no smartphone or the internet and just a No. 2 pencil. Sifting out non-neurotypical types or trying to remediate them with drugs or institutionalization may have seemed important for our industrial competitiveness. Also, the tools for instruction were also limited by the technology of the times. In a world where real robots are taking over many of those tasks, perhaps we need to embrace neurodiversity and encourage collaborative learning through passion, play, and projects, in other words, to start teaching kids to learn in ways that machines can’t. We can also use modern technology for connected learning that supports diverse interests and abilities and is integrated into our lives and communities of interest.

At the Media Lab, we have a research group called Lifelong Kindergarten, and the head of the group, Mitchel Resnick, recently wrote a book by the same name. The book is about the group’s research on creative learning and the four Ps—Passion, Peers, Projects, and Play. The group believes, as I do, that we learn best when we are pursuing our passion and working with others in a project-based environment with a playful approach. My memory of school was “no cheating,” “do your own work,” “focus on the textbook, not on your hobbies or your projects,” and “there’s time to play at recess, be serious and study or you’ll be shamed”—exactly the opposite of the four Ps.

Many mental health issues, I believe, are caused by trying to “fix” some type of neurodiversity or by simply being insensitive or inappropriate for the person. Many mental “illnesses” can be “cured” by providing the appropriate interface to learning, living, or interacting for that person focusing on the four Ps. My experience with the educational system, both as its subject and, now, as part of it, is not so unique. I believe, in fact, that at least the one-quarter of people who are diagnosed as somehow non-neurotypical struggle with the structure and the method of modern education. People who are wired differently should be able to think of themselves as the rule, not as an exception.

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Polícia só esclareceu 4% dos crimes no estado de São Paulo em 2018

Polícia só esclareceu 4% dos crimes no estado de São Paulo em 2018

Por Rafael Iglesias
EM: 03/12/2018 14h31
URL: https://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil/policia-so-esclareceu-4-dos-crimes-no-estado-de-sao-paulo-em-2018.html

A Polícia Civil de São Paulo só conseguiu solucionar 4% dos crimes que mais preocupam a população neste ano. Dos 788.405 homicídios dolosos, estupros, latrocínios, roubos e furtos registrados no estado de janeiro a outubro, somente 32.150 foram esclarecidos.

Os dados de resolutividade foram obtidos pela Jovem Pan via Lei de Acesso à Informação. Já as informações sobre a quantidade de boletins de ocorrência são divulgadas todo mês pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que, questionada pela reportagem, não justificou os baixos índices.

Os roubos compõem a categoria com menor quantidade percentual. Apenas 3,6 de cada 100 casos foram solucionados este ano. O número inclui todos os tipos de roubo registrados em São Paulo: de rua, de veículos, de cargas, a residências, bancos, casas, ônibus, entre outros.

No total desse delito, foram 268.939 casos e apenas 9.753 esclarecimentos. Isoladamente, 3% dos roubos de veículos foram solucionados, enquanto o índice foi de 5% para os roubos de cargas. Aparecem com 42% os roubos a banco, que tiveram 21 boletins até outubro.

O esclarecimento de um crime não significa que o culpado foi efetivamente punido. Isso porque, na fase policial, basta a identificação do suspeito, por exemplo, para que o inquérito seja encerrado e remetido ao Judiciário, que toma as providências seguintes.

Assassinatos
Bandeira do governo estadual há pelo menos duas décadas, o combate aos homicídios dolosos – aqueles em que há intenção de matar – não se reflete na resolução: 52% dos casos ficaram sem esclarecimento até outubro.

Com queda de 9% de janeiro a outubro, esse indicador apresentou alta de 4% no mês passado no estado. É a primeira alta registrada no ano, segundo dados da SSP. Em setembro, o índice caiu 17%, patamar percentual ainda menor que o de fevereiro (20%).

Roubos seguidos de mortes
O crime com maior índice de resolução pela polícia é o latrocínio. Seis a cada 10 casos são esclarecidos. Esse tipo de crime deixou 234 vítimas este ano e já apresenta três altas consecutivas de agosto (15%) a outubro (35%). Em setembro, o total dobrou.

Estupros
Os estupros aumentaram em oito meses até outubro. No ano, a alta já chega a 11%, com 10.103 casos. Entretanto, no mesmo período, apenas 1.348 – equivalentes a 13% – foram solucionados. Assim, 8,7 a cada 10 crimes do tipo ficam sem punição.

Furtos
Delitos mais recorrentes em São Paulo, somente 3,9% dos furtos são esclarecidos. Este ano, a polícia resolveu apenas 19.743 de mais de meio milhão de casos. Apesar disso, o indicador está em queda. No ano, o total passou de 620.424 para 506.734 – 18% a menos.

Secretaria desconversa
Questionada sobre o motivo do baixo índice de resolução de crimes, a Secretaria da Segurança Pública afirmou, em nota, que “desenvolve diversas ações de políticas públicas, como investimento em tecnologia e aperfeiçoamento do trabalho policial”.

Sem apontar por que esses investimentos não tiveram resultados no trabalho policial de investigação e realização de flagrantes, a pasta destacou que São Paulo tem a menor taxa de homicídios do país. Atualmente, há 6,93 casos a cada 100 mil habitantes.

Novo secretário
O atual secretário da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, vai deixar o cargo em janeiro. Titular do gabinete desde 2016, ele voltará ao Ministério Público. O governador eleito de São Paulo, João Doria, anunciou para o posto o general João Camilo Pires de Campos.

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Microsoft Wins $480 Million Army Battlefield Contract

Microsoft Wins $480 Million Army Battlefield Contract

By Joshua Brustein
On: November 28, 2018, 7:53 PM GMT-2 Updated on November 28, 2018, 8:39 PM GMT-2
URL: https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-11-28/microsoft-wins-480-million-army-battlefield-contract

The military plans to purchase as many as 100,000 HoloLens augmented reality devices.

Microsoft Corp. has won a $480 million contract to supply prototypes for augmented reality systems to the Army for use on combat missions and in training, the Army said. The contract, which could eventually lead to the military purchasing over 100,000 headsets, is intended to “increase lethality by enhancing the ability to detect, decide and engage before the enemy,” according to a government description of the program.

“Augmented reality technology will provide troops with more and better information to make decisions. This new work extends our longstanding, trusted relationship with the Department of Defense to this new area,” a Microsoft spokesman said in an emailed statement.

The U.S. Army and the Israeli military have already used Microsoft’s HoloLens devices in training, but plans for live combat would be a significant step forward.

HoloLens is one of the leading consumer-grade headsets, but a large consumer market doesn’t yet exist; a video made for the European Patent Office this spring said it had sold about 50,000 devices. That’s about half the number the Army expects to buy through its augmented reality program, which is called the Integrated Visual Augmentation System, or IVAS.

With the contract, the Army immediately becomes one of Microsoft’s most important HoloLens consumers. It expects devices to vary from their consumer-grade counterparts in a handful of key respects. In a document shared with companies bidding on the contract, the Army said it wanted to incorporate night vision and thermal sensing, measure vital signs like breathing and “readiness,” monitor for concussions and offer hearing protection. It said the winning bidder would be expected to deliver 2,500 headsets within two years, and exhibit the capacity for full-scale production.

The contract went though a bidding process designed to encourage the Army to do business with companies who aren’t traditional defense contractors. Magic Leap, which makes the main competitor to HoloLens for the consumer market, also pursued the contract. In early August, the Army held meetings with 25 companies interested in participating in some way, including Booz Allen Hamilton Holding Corp., Lockheed Martin Corp., and Raytheon Co.

The technology industry’s cooperation with the U.S. military and law enforcement has become increasingly tense over the last year, with employees at companies like Alphabet Inc.’s Google and Amazon.com Inc. pushing back against government contracts.

Earlier this year, hundreds of Microsoft workers signed a petition criticizing a contract with U.S. Immigration and Customs Enforcement that Microsoft had originally said included some of its AI software. In October, a blog post purportedly written by Microsoft employees urged the company not to bid on a multi-billion dollar U.S. military cloud contract. “Many Microsoft employees don’t believe that what we build should be used for waging war,” they wrote.

Later that month, Microsoft’s President and Chief Legal Officer, Brad Smith, said the company would continue to sell software to the U.S. military. Smith wrote that employees with ethical qualms with projects would be allowed to move to other work within the company.

“Artificial intelligence, augmented reality and other technologies are raising new and profoundly important issues, including the ability of weapons to act autonomously. As we have discussed these issues with governments, we’ve appreciated that no military in the world wants to wake up to discover that machines have started a war,” he wrote. “But we can’t expect these new developments to be addressed wisely if the people in the tech sector who know the most about technology withdraw from the conversation.”

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Brasil já tem uma Itaipu em energia eólica

Brasil já tem uma Itaipu em energia eólica

Em: 20.nov.2018 às 13h33
Por: Taís Hirata
URL: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/brasil-ja-tem-uma-itaipu-em-energia-eolica.shtml
As usinas movidas a vento devem se tornar a segunda fonte mais importante do país em 2019, segundo Abeeólica

A energia eólica ultrapassou a marca de 14,34 GW (gigawatts) de capacidade instalada no Brasil, patamar equivalente a uma usina de Itaipu —a segunda maior hidrelétrica do mundo.

Ao todo, são 568 parques eólicos, em 12 estados do país. A energia gerada nos últimos 12 meses é suficiente para abastecer 25 milhões de residências por mês, ou cerca de 75 milhões de brasileiros, segundo dados da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

A fonte tem vivido um crescimento exponencial no país desde 2009, estimulada por leilões promovidos pelo governo federal para contratar novos empreendimentos.

A expansão deve continuar. Contando os empreendimentos contratados nos últimos leilões promovidos pelo governo, a projeção é que até 2024 a energia eólica atinja ao menos 18,8 GW de capacidade instalada.

“No ano que vem, vamos atingir a segunda posição na matriz elétrica brasileira. Em janeiro, vamos alcançar uma participação maior do que a das usinas a biomassa, que hoje é a segunda maior fonte atrás das hidrelétricas”, afirma Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica.

“A expansão eólica no Brasil é um caso de sucesso. Há dez anos, havia poucos investidores, hoje todas as grandes empresas têm investimentos em usinas eólicas”, afirma Thais Prandini, diretora-executiva da consultoria Thymos.

No entanto, para além da comemoração, a marca também acende um alerta. O motivo é a característica variável das usinas eólicas, cuja geração depende do regime de ventos, que não são constantes.

Em setembro, nos dados mais recentes da ONS (Operadora Nacional do Sistema Elétrico), a geração das usinas eólicas chegou a responder por 13,98% de toda a energia gerada no sistema, um patamar recorde. No entanto, nesse mesmo mês, a fonte chegou a ocupar a parcela mínima de 1,1% na geração nacional.

“Chegou o momento de se discutir mais formas de garantir a segurança energética do país”, diz Gannoum.
O problema não é novo, aponta a consultoria PSR. A necessidade de um suprimento de energia que garanta o abastecimento tem sido um dos assuntos mais debatidos nos últimos anos, segundo o último relatório da empresa especializada em setor elétrico.

A questão se agravou a partir do momento em que o país deixou de construir hidrelétricas sem reservatório —obras com impacto socioambiental bem maior do que as chamadas usinas a fio d’água, que estão mais sujeitas à escassez de água.

O avanço de fontes como a eólica e a solar, cuja geração também sofre variações ao longo do dia ou do ano, é outro fator cada vez mais relevante para o problema.

As soluções possíveis para essa questão são diversas e, hoje, são alvo de discussões acaloradas entre representantes do setor elétrico.

Para Prandini, da Thymos, é importante diversificar a matriz elétrica para minimizar os riscos de cada fonte.

“Uma solução seriam fazer projetos híbridos, com usinas com mais de uma fonte de energia. Ou até mesmo pensar em baterias, que hoje ainda não são viáveis economicamente, mas que são uma tecnologia importante”, diz.

A PSR também aponta soluções possíveis, como alterar a operação das hidrelétricas para manter os reservatórios cheios, utilizar usinas térmicas para atender o consumo em horários de ponta, entre outras.

Hoje, a principal proposta na mesa de discussão é a realização de leilões regionais para contratar usinas térmicas movidas a gás natural. O Ministério de Minas e Energia abriu uma consulta pública, no fim de outubro, para debater a proposta, que é bastante controversa no setor.

Para a PSR, a proposta não resolve o problema por falhas na estruturação do leilão, que estaria gerando um custo adicional ao consumidor de energia sem necessidade.

O avanço da fonte eólica também levanta outro debate: o fim de subsídios dados pelo governo federal ao setor no passado, para ajudar na consolidação da fonte no país, e que hoje não seriam mais necessários.

Gannoum, da Abeeólica, concorda que chegou o momento de se rever esses benefícios, que incluem, por exemplo, isenções nas tarifas de transmissão e distribuição de energia, que acabam encarecendo a conta de luz dos consumidores.

No entanto, ela defende que o fim dos subsídios se aplique a todas as fontes, e não apenas à eólica. Hoje, além do eólico, outros setores de geração ganham benefícios, como as fontes solares e a carvão.

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