Alvarenga Milton

Preso na Operação Lava Jato, ex-deputado André Vargas é solto

Preso na Operação Lava Jato, ex-deputado André Vargas é solto

Ele deixou a prisão nesta sexta-feira (19); o político tinha sido preso na 11ª fase da Lava Jato, em abril de 2015, e estava no Complexo-Médico Penal (CMP).
Por Ederson Hising, Letícia Paris e Marcelo Rocha, G1 PR — Curitiba

19/10/2018 18h57 Atualizado agora
URL: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2018/10/19/preso-na-operacao-lava-jato-andre-vargas-e-solto.ghtml

O ex-deputado federal pelo PT André Vargas, preso na Operação Lava Jato, foi solto nesta sexta-feira (19) após decisão da 2ª Vara de Execuções Penais de Curitiba. A decisão é da juíza Luciani de Lourdes Tesseroli Maronezi.

Vargas foi preso na 11ª fase da Lava Jato, em abril de 2015, e estava no Complexo-Médico Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele, que teve três condenações, foi o primeiro político sentenciado em um processo da operação.

A liberdade condicional foi concedida após o cumprimento de 37% da pena imposta na primeira condenação, apresentar comportamento satisfatório na prisão e comprovação do início do pagamento parcelado da reparação de danos de R$ 1.103.950,12.

O benefício, segundo a decisão, pode ser revogado caso uma das 72 parcelas de R$ 15.332,64 não sejam pagas. A juíza afirma que o ex-deputado comprovou o pagamento de duas parcelas.

Determinações para a liberdade condicional:

  • Apresentar-se bimestralmente perante o juízo da comarca onde irá residir;
  • Não se ausentar da comarca onde reside, por mais de 15 dias, sem prévia autorização judicial;
  • Recolher-se diariamente até as 23h em sua residência;
  • Obter ocupação lícita seja através do Programa Começar de Novo do CNJ ou através de emprego formal ou, ainda, frequentar curso de ensino formal ou profissionalizante a ser indicado e fiscalizado pelo Juízo da comarca onde irá residir.

Condenações de Vargas
Na 11ª fase da Operação Lava Jato, em 2015, o juiz Sergio Moro condenou Vargas a 14 anos e quatro meses de reclusão, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, e o absolveu pelo crime de pertinência a organização criminosa.

Em 2017, o ex-deputado foi condenado por lavagem de dinheiro a quatro anos e meio de reclusão.

A terceira condenação de Vargas ocorreu em agosto de 2018, quando recebeu pena de seis anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.

Em nota, os advogados de defesa de André Vargas disseram que a decisão foi “acertada” e que ele deixou o CMP “após o cumprimento de todos os requisitos legais e inúmeras demandas judiciais opostas em face das lacunas do sistema de execução penal”.

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TRF-4 decide que fase 48 da Lava Jato não é mesmo de Moro

TRF-4 decide que fase 48 da Lava Jato não é mesmo de Moro

Por: Ricardo Brandt, Luiz Vassallo, Julia Affonso e Fausto Macedo
São Paulo 19/10/201811h28
URL: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/10/19/trf-4-decide-que-fase-48-da-lava-jato-nao-e-mesmo-de-moro.htm

A apuração de irregularidades no DER-PR não pertence a Moro.

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) decidiu que o processo da Operação Integração – fase 48 da Lava Jato -, é mesmo de competência da 23.ª Vara Criminal Federal de Curitiba. A decisão, tomada na sessão de quarta-feira passada, dia 17, rejeita Recurso em Sentido Estrito do Ministério Público Federal e mantém entendimento do juiz Sérgio Moro, titular da 13.ª Vara Federal, que já havia mandado redistribuir os autos dessa investigação por entender que os fatos não têm ligação com o esquema de cartel e propinas instalado na Petrobras.

A Operação Integração é uma investigação sobre supostos desvios de recursos dos pedágios administrados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná.

Segundo o Ministério Público Federal, o “esquema de contratações fraudulentas e desvios” fraudou o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão com o Paraná, “além de gerar dinheiro em espécie para pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos e também para enriquecimento dos próprios administradores e funcionários da concessionária”.

No dia 12 de junho, Moro abriu mão do caso, alegando “sobrecarga com as persistentes apurações de crimes relacionados a contratos da Petrobras e ao Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht”.

Ao recorrer ao TRF-4 contra a decisão de Moro em mandar redistribuir a investigação, o Ministério Público Federal alegou existência de “elementos de conexão fática com os delitos de lavagem de dinheiro e empresas ligadas aos operadores financeiros que autorizariam a competência exclusiva da 13.ª Vara Federal de Curitiba, com a instrução e julgamento realizados por Sérgio Moro”.

As defesas de vários alvos da Operação Integração apontaram “elementos técnicos processuais que demonstraram não ser de competência de Moro o processamento e julgamento da 48.ª fase da Lava Jato”. Segundo os defensores, não é possível estabelecer a competência da 13.ª Vara Federal “por não existir conexão fática entre os delitos”.

Gustavo Polido, advogado criminalista que realizou a sustentação oral perante os desembargadores da 8.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, defendeu a tese de que a mera existência de operadores financeiros e de empresas relacionadas à Lava Jato, e que as semelhanças dos delitos de lavagem de dinheiro também semelhantes à Lava Jato, “não figuram hipótese de atribuição de competência de Moro”.

Polido defendeu enfaticamente a livre distribuição do processo penal, “para que não reste violado o princípio constitucional do juiz natural, bem como seja assegurada a correta e legítima aplicação e interpretação das normas contidas no Código de Processo Penal”.

Na sessão do dia 17 passado, o TRF-4 decidiu acolher a tese de defesa e negou provimento ao recurso interposto pelo Ministério Público Federal. Apenas o desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus ficou voto vencido. Participaram do julgamento, além de Laus, os desembargadores federais João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen, ambos favoráveis à tese sustentada pela defesa.

“Desta forma, o processo relativo à 48.ª fase da Lava Jato, a Operação Integração, e seus respectivos desdobramentos, não retornarão ao juiz Sérgio Moro, mantendo-se sob a competência da 23.ª Vara Federal”, disse Gustavo Polido.

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Eleições 2018 – 2º turno – PT tira do ar links com manifestações de apoio à Venezuela

Eleições 2018 – 2º turno – PT tira do ar links com manifestações de apoio à Venezuela

Bernardo Barbosa
Do UOL, em São Paulo 12/10/201810h49
URL: https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/10/12/pt-tira-do-ar-links-com-manifestacoes-de-apoio-a-venezuela.htm

O PT deixou fora do ar, ao longo da quinta-feira (11), três links de seu site oficial com notas em que o partido manifestava apoio à Venezuela e ao governo de Nicolás Maduro. Um dos links voltou a funcionar na noite do mesmo dia.

O apoio do partido ao governo de Maduro há muito é criticado por opositores do PT, e o tema costuma ser usado por Jair Bolsonaro (PSL) e apoiadores para atacar a candidatura de Fernando Haddad (PT). A Venezuela vive uma grave crise política e humanitária, e o governo tem sido acusado de cometer violações de direitos humanos.

Neste segundo turno da eleição presidencial, Haddad tem se apresentado como fiador da democracia em oposição a Bolsonaro, que defende abertamente a ditadura militar brasileira (1964-1985) e tem sido retratado pela candidatura petista como violento e autoritário.

Haddad não confronta publicamente a posição do PT sobre a Venezuela, mas disse, em agosto, que não se pode caracterizar a Venezuela como uma democracia. Em setembro, em entrevista ao “Jornal da Globo”, o candidato foi questionado sobre a posição do PT e optou por responder qual seria a posição de um eventual governo do PT sob seu comando.

“É buscar mediação, reconhecendo que o ambiente não é o mais saudável”, disse.
Na quinta, ao “Jornal da Band”, quando indagado se o país era democrático, disse que “o problema é que o ambiente na Venezuela não é democrático”.

Link redireciona para elogio a Haddad
Um dos links do site do PT que saíram do ar era o que levava a uma nota de apoio do partido à Venezuela, datada de 3 de abril de 2017. Na tarde de quinta, quem clicava no link era redirecionado a uma outra nota no site do PT, datada de 30 de setembro de 2017, intitulada “Você sabia? Haddad já foi eleito o melhor prefeito da América Latina”.

Na nota de abril do ano passado, intitulada “PT divulga nota em apoio à Venezuela”, o partido criticava a conduta do governo de Michel Temer (MDB) diante da crise política venezuelana. O comunicado cita a declaração do chanceler Aloysio Nunes Ferreira, dada dias antes à Folha, de que manter a Venezuela no Mercosul seria “uma ficção que avacalharia” o bloco.

“Temos a convicção que o povo venezuelano saberá encontrar, por meios próprios, a solução para os seus conflitos”, diz a nota, assinada pelo então presidente do PT, Rui Falcão, e pela secretária de Relações Internacionais, Mônica Valente.

Pelo Twitter, na manhã de quinta, Jair Bolsonaro compartilhou o post de um apoiador que chamava a atenção para o fato de o link não estar funcionando. “Será que a ordem veio de dentro da prisão?”, disse o candidato, em uma alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena em Curitiba.

Partido culpa notícias falsas
Segundo o secretário de Comunicação do PT, Carlos Árabe, o bloqueio do acesso ao link foi feito por causa de mensagens de WhatsApp que estariam usando o comunicado como pretexto para distorcer a posição do PT sobre a Venezuela e disseminar notícias falsas.

Árabe disse que o link havia sido bloqueado e que a nota continuaria no site, mas que o partido estudava uma maneira de recolocá-la no ar. Segundo ele, foi identificado um “acesso desmedido a um determinado link específico”, e o PT já teria entrado com “medidas judiciais” a respeito.

“Não nos interessa manter bloqueado”, afirmou ao UOL.

Ao longo da noite de quinta, a reportagem questionou Árabe sobre como o PT identificou uma alta nos acessos ao link; como o partido descobriu que isso estava relacionado à disseminação de notícias falsas; e que medidas judiciais o partido tomou sobre o assunto, mas não teve resposta. O secretário também não deu detalhes do tipo de mensagem que estava sendo associada à noite sobre a Venezuela.

Partido elogiou eleições questionadas
O UOL também identificou mais dois links do site do PT em que o partido manifestava apoio à Venezuela de Maduro e que, ao longo da quinta-feira, estavam fora do ar.

Um deles, intitulado “Venezuela: mais uma vez, exemplo de democracia e participação cidadã!”, é datado de 16 de outubro de 2017. “O Partido dos Trabalhadores saúda o presidente Nicolás Maduro e seu partido, o PSUV, pela contundente vitória eleitoral nas eleições regionais deste domingo, 15 de outubro de 2017”, diz a nota assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e por Mônica Valente.

O mesmo comunicado diz que o dia da eleição regional venezuelana seria lembrado “como o dia de uma vitoriosa jornada de democracia, onde mais de 60% do eleitorado atendeu à convocação democrática e compareceu, de maneira cívica e pacífica, manifestando seu apoio à paz, à democracia e à soberania na Venezuela.”

O outro link, datado de 21 de maio deste ano, voltou a funcionar durante a noite de quinta. Trata-se de uma nota conjunta do PT e do PCdoB sobre as últimas eleições venezuelanas, vencidas por Nicolás Maduro e questionadas pela OEA (Organização dos Estados Americanos).

Na nota, PT e PCdoB “felicitam o povo venezuelano pela retumbante vitória política e eleitoral do presidente Nicolás Maduro, reeleito neste domingo, 20 de maio, para mais um mandato de seis anos à frente da Revolução Bolivariana”.

“Este triunfo, expressão da vitalidade do sistema eleitoral democrático venezuelano e dos sólidos laços do governo com o povo, é contestado pelo imperialismo estadunidense e governos lacaios da região latino-americana e caribenha, entre estes o governo golpista de Michel Temer”, diz o comunicado.

A nota também diz que “o sistema político-eleitoral venezuelano aperfeiçoa-se progressivamente desde 1999” e “assegura à população um amplo direito de voto e é dotado de mecanismos de transparência e verificação.”

País vizinho vive crise humanitária
A Venezuela vive um cenário de caos. Além da crise política, o país passa por uma profunda crise humanitária, com escassez de alimentos e remédios, que levou centenas de milhares de venezuelanos a deixarem sua terra natal — cerca de 100 mil buscam refúgio no Brasil, o que levou a uma outra crise humanitária, desta vez no estado de Roraima. O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê uma inflação de 1.000.000% para este ano.

Na Assembleia Geral da ONU, mês passado, o presidente Nicolás Maduro disse que a crise humanitária no país foi criada para justificar uma intervenção militar estrangeira.

No fim de setembro, seis países das Américas enviaram ao TPI (Tribunal Penal Internacional) um pedido de investigação por crimes de lesa-humanidade cometidos pelo governo de Maduro desde 2014. O braço da ONU para direitos humanos pediu a criação de uma comissão internacional para investigar execuções extrajudiciais no país.

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O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi o aspirante ao Palácio mais bem votado da história do Brasil no primeiro turno

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi o aspirante ao Palácio do Planto mais bem votado da história do Brasil.

Nunca antes na história houve um candidato que recebesse tantos votos no primeiro turno quanto ele.

Segundo informações do TSE, Jair Bolsonaro teve 49.276.990 votos, um total de 46,03%.

Os mais de 49 milhões de eleitores superam o número de votos válidos recebidos por Lula no primeiro turno em 2006: 46.662.365 votos.

A ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010, também ficou pra trás com 47.651.434 votos.

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Governo recomenda dobrar tarifa de energia de Angra 3 para finalizar obras

Previsão de conclusão em 2026

Obras estão paradas desde 2015

Requer investimentos de R$ 15,5 bi

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) aprovou nesta 3ª feira (9.out.2018) uma recomendação para reajustar a tarifa da energia que será gerada na usina nuclear de Angra 3. A proposta prevê que a tarifa atual da usina, de R$ 240 megawatts/hora (MWh), dobre para R$ 480 MWh.

O aumento na tarifa é uma demanda da Eletrobras, responsável pelas obras da usina. A medida é apontada como uma das maneiras de viabilizar o término da construção da usina, cujas obras estão paradas desde 2015, alvo da operação Lava Jato.

O grupo também aprovou estudos para a retomada das obras da usina. A expectativa do governo é que a usina comece a gerar energia elétrica em janeiro de 2026. Os investimentos previstos são de R$ 15,5 bilhões.

O governo quer buscar investidores externos para auxiliar na finalização da construção. Para isso, o MME (Ministério de Minas e Energia) vai propor ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos uma avaliação para qualificar o empreendimento no portfólio.

A usina tem capacidade de 1.405 MW em energia segura, ou seja, independente de condições climáticas. O empreendimento será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.

De acordo com o MME, a operação de Angra 3 pode proporcionar “mais segurança energética e elétrica ao sistema elétrico brasileiro” e reduzirá o acionamento de térmicas mais caras.

O argumento é que, por estar localizada na Região Sudeste, onde há maior consumo de energia no país, o acionamento da usina poderá gerar menores custos com a transmissão de energia.

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Paraquedista morre após cair em rodovia e ser atingido por carreta em Boituva

Paraquedista morre após cair em rodovia e ser atingido por carreta em Boituva

Por G1 Itapetininga
19/08/2018 12h26 Atualizado há menos de 1 minuto
URL: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2018/08/19/paraquedista-morre-apos-cair-em-rodovia-e-ser-atingido-por-carreta-em-boituva.ghtml

Homem tinha 37 anos, caiu na altura do quilômetro 115 da Rodovia Castelo Branco e, segundo a Polícia Rodoviária, morreu na hora.

Um paraquedista de 37 anos morreu na manhã deste domingo (18), ao cair no quilômetro 115 da Rodovia Castello Branco, em Boituva (SP). Ele foi atingido por uma carreta que passava pela rodovia.

De acordo com a Polícia Rodoviária, a Diego Camargo Martins morava em São Paulo (SP), era contador e praticava o esporte com frequência, com mais de 130 saltos de experiência. O caminhão que atingiu o rapaz saiu do Paraná e ia para Bragança Paulista (SP).

Próximo ao local do acidente há o Centro de Paraquedismo de Boituva, conhecido em todo o Brasil pela prática do esporte.

Ainda não se sabe porque o paraquedista foi em direção à rodovia. Um policial rodoviário afirmou que já viu outros paraquedistas pousarem próximo dali.

A polícia acredita que ele tenha sido atingido quando estava prestes a tocar o solo. O corpo da vítima ficou preso na frente da carreta.

O motorista do veículo disse à TV TEM que o homem apareceu de repente na frente do caminhão e não tinha como desviar. Ele disse também que na hora do impacto não sabia que se tratava de um ser humano.

O motorista só entendeu o que tinha acontecido quando parou o caminhão, cerca de 200 metros depois, e viu o corpo do rapaz preso.

A polícia procura a câmera que estava acoplada no capacete do paraquedista e que pode ajudar o que causou o acidente.

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Auditoria aponta perda potencial de R$ 591 mi com PPP da luz

Auditoria aponta perda potencial de R$ 591 mi com PPP da luz

Relatório da controladoria municipal diz que prefeitura de SP não adotou contrato mais vantajoso

Por: Mario Cesar Carvalho e Joana Cunha
Em: 13.ago.2018 às 2h00
URL:https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/08/auditoria-aponta-perda-potencial-de-r-591-mi-com-ppp-da-luz.shtml

A Prefeitura de São Paulo não conseguiu provar que uma PPP (parceria público-privada) de R$ 7,2 bilhões era mais vantajosa do que uma concorrência tradicional.

Uma mudança nas regras da disputa espantou competidores por decisões da administração municipal. Há ainda falhas na avaliação de preços que podem causar prejuízo de R$ 591 milhões.

Esses apontamentos fazem parte de uma auditoria da Controladoria-Geral do Município sobre a PPP da Iluminação Pública, o maior negócio do mundo no gênero.

Na parceria, a prefeitura pagará a quantia bilionária por 20 anos para que a iluminação da cidade, com 605 mil lâmpadas, seja substituída por LED, mais eficientes e econômicas.

A PPP da luz não teve concorrência. Só um consórcio, formado pelas empresas FM Rodrigues e Consladel, acabou habilitado na fase final.

Em março, a Justiça suspendeu a parceria após o surgimento de suspeitas de que a FM Rodrigues pagava propina a Denise Abreu, diretora do Ilume (departamento da iluminação pública).

A PPP foi proposta em 2015 pelo então prefeito Fernando Haddad (PT) e finalizada sem grandes mudanças na gestão de João Doria (PSDB).

Haddad é o vice de Luiz Inácio Lula da Silva na chapa petista que será inscrita para disputar a Presidência. Doria é o candidato tucano ao governo.

Em documento de 82 páginas, o controlador Gustavo Ungaro diz que nem o formato adotado, a PPP, teve vantagem comprovada. PPP é uma parceria com empresas privadas em troca de benefícios públicos –no caso, a modernização da iluminação.

Diferentemente da licitação, na PPP é criada uma empresa privada para fazer a gestão.

“Falta um estudo detalhado demonstrando que o custo-benefício da PPP é melhor do que o custo-benefício da contratação tradicional”, diz o texto da auditoria.

Ungaro cita um estudo que concluiu que a PPP tem desvantagens financeiras quando comparada a uma licitação. A prefeitura economizaria pouco mais de R$ 1 bilhão com concorrência tradicional.

“Foi demonstrada a desvantagem econômico-financeira da opção pela PPP, sendo que a Ilume não apresentou contra-argumentos objetivos e convincentes”, escreve.

Na PPP da luz, a Prefeitura de SP pagaria R$ 7,2 bi em 20 anos para as lâmpadas da cidade serem substituídas por LED

A prefeitura dispunha de dois instrumentos para ajudar as empresas a conseguir financiamento mais barato e abriu mão deles, diz o documento.

Um era o oferecimento de garantias ao contrato; o outro, o uso de uma conta que a prefeitura mantém com os recursos que são pagos pelo contribuinte para o custeio da iluminação.

O consumidor residencial paga R$ 8,19 para um fundo que tem um valor acumulado de R$ 500 milhões e recebe R$ 46 milhões por mês, segundo o TCM (Tribunal de Contas do Município).

Esse fundo poderia ser oferecido a bancos para que as empresas da PPP conseguissem taxa de juros mais barata e pudessem oferecer um preço mais baixo à prefeitura.

O plano de negócios elaborado também era frágil, na avaliação da controladoria.

Houve falhas na estimativa dos custos das luminárias “por desconsiderarem aspectos técnicos relevantes e não adotarem os valores mais vantajosos como referência”.

Foi por causa dessas omissões que o auditor indica que, se cumprido à risca, o contrato trará o prejuízo milionário.

A auditoria diz ainda que a prefeitura eliminou um consórcio da disputa sem que houvesse uma decisão final da Justiça, colocando “o interesse privado acima do interesse público”.

O consórcio Walks foi desclassificado na gestão Doria porque uma das empresas que participava do grupo, a Quaatro, é a controladora da Alumini, declarada inidônea pela CGU (Controladoria-Geral da União) por suborno.

Pelo cronograma inicial da PPP, rede deveria ser 100% modernizada com lâmpadas de LED em até cinco anos.

O outro lado
A Prefeitura de São Paulo respondeu, em nota, que “o relatório ainda não é conclusivo” e que faltam a manifestação do Ilume e a análise jurídica da Procuradoria-Geral do Município.

“A PPP foi realizada em obediência à legislação”, informa a administração municipal.

“A inidoneidade [da Alumini] impede o consórcio de firmar contratos nas três esferas de governo. A comissão de licitação cumpriu a Lei Anticorrupção. A exclusão do Walks foi julgada procedente pela Justiça”, diz a nota.

Haddad disse à Folha que o problema não é a adoção de uma PPP, mas sim a eliminação de concorrentes com ofertas mais vantajosas.

Desclassificado, o consórcio Walks previa que a prefeitura pagaria R$ 23 milhões mensais, R$ 7 milhões abaixo da proposta vencedora.

“Com concorrência, a PPP seria R$ 1,68 bilhão mais barata”, diz Haddad.

Procurados pela reportagem, Doria e o empresário Marcelo Rodrigues, sócio da FM Rodrigues, não quiseram se manifestar.

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Diretor-executivo da GE e mais 22 são denunciados por fraudes na saúde

Diretor-executivo da GE e mais 22 são denunciados por fraudes na saúde

Em: 8.ago.2018 às 9h43
Por: Italo Nogueira
URL: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/08/diretor-executivo-da-ge-e-mais-22-sao-denunciados-por-fraudes-na-saude.shtml

Denúncia é desdobramento da Operação Ressonância, deflagrada no mês passado

O principal executivo da General Electric para a América Latina, Daurio Speranzini Junior, e outras 22 pessoas foram denunciadas nesta terça-feira (7) sob acusação de formação de quadrilha e fraude a licitações no Into (Instituto Nacional de Traumatologia) e na Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro.

A denúncia é desdobramento da Operação Ressonância, deflagrada no mês passado. Também são acusados o ex-secretário Sérgio Côrtes, o ex-diretor do Into André Loyelo e o empresário Miguel Iskin, apontado como o organizador das fraudes aos pregões internacionais desde 1996.

As acusações contra Speranzini, atualmente preso preventivamente, referem-se principalmente a fatos relacionados ao período em que ele esteve à frente da Philips Medical no Brasil, até 2010. A Procuradoria cita, contudo, caso ocorrido após ele assumir cargo na GE.

Outro executivo da Philips do Brasil, Frederik Knudsen, também foi denunciado.

De acordo com as investigações, Iskin cobrava um “pedágio” de 13% sobre os valores de contratos para fornecimento de próteses e órteses. A comissão cobrada para empresas internacionais chegava a 40%, segundo o Ministério Público Federal.

Grande parte das informações sobre a atuação da Philips no Brasil foi obtida por meio do depoimento de um ex-funcionário da companhia, já conhecidas desde a prisão de Speranzini Junior.

Segundo a Procuradoria, a testemunha relatou ao setor de compliance as fraudes organizadas por Iskin, sem que a empresa tomasse qualquer atitude para evitá-las.

“A conivência de executivos da Philips nas práticas criminosas restou evidenciada pela reação da empresa diante das denúncias, o que, à época, gerou apenas a intervenção administrativa da multinacional junto ao Ministério da Saúde para retirada do nome da sociedade do contrato firmado em decorrência da licitação, sem que fosse apontado o sobrepreço ao referido órgão ou rescindido o contrato firmado com a empresa Rizzi [representante comercial]”, afirma o MPF.

A Procuradoria afirma ainda que Speranzini Junior foi demitido em 2010 “após investigação interna”.

Em e-mail enviado à Philips em 2011, contudo, ele pede proteção legal por “anomalias” que manteve contato à frente da empresa, citando o caso da Rizzi.

O executivo foi contratado pela GE no ano seguinte como gerente-geral de sistemas de saúde. Foi promovido a vice-presidente comercial e executivo-chefe para a América Latina, antes de chegar ao posto de CEO (equivalente a diretor-executivo) no continente.

A Procuradoria afirma que Speranzini Junior “permaneceu atuando junto a integrantes da organização criminosa ao menos até 2015”. Como a Folha revelou, a GE realizou exportações para o Brasil ao menos quatro vezes por meio de empresas ligadas a Iskin.

A estrutura do cartel foi detalhada por duas empresas em acordo de leniência com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Foram listadas ao Cade 70 licitações afetadas pelo cartel, com o envolvimento de 37 empresas.

O dono da leniente Per Prima, Leandro Carmago, afirmou que a lista de compras no Into era feita de acordo com as prioridades de Iskin, e não das necessidades do hospital. A estimativa, considerada conservadora, é de que os danos aos cofres públicos tenham chegado a R$ 600 milhões.

Outro elemento da investigação é a delação premiada do ex-subsecretário de Saúde César Romero, que também originou a Fatura Exposta. Em depoimento, ele detalhou o cartel que foi adotado na Secretaria de Saúde. O colaborador mencionou 18 multinacionais do setor de saúde.

O outro lado

Em nota à época da prisão de Speranzini, a GE afirmou que a empresa não é alvo das investigações e que está à disposição para colaborar com as autoridades.

“A respeito da operação da Polícia Federal conduzida na manhã de hoje, que resultou na prisão temporária de Daurio Speranzini Jr., esclarecemos que as alegações são referentes ao período em que o executivo atuou na liderança de outra empresa”, diz o comunicado.

Por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil, a Philips informou à época que “ainda não teve acesso ao processo, no entanto, está cooperando com as autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos quanto às alegações apresentadas, que datam de muitos anos atrás”.

“Os atuais líderes executivos da Philips não são parte da ação da Polícia Federal; um colaborador da equipe de vendas da Philips foi conduzido para prestar esclarecimentos”, afirma em nota.

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Senado aprova nomeação de André Pepitone para diretor-geral da Aneel

Senado aprova nomeação de André Pepitone para diretor-geral da Aneel

Por: MARLLA SABINO
Em: 07.ago.2018 (terça-feira) – 22h13
atualizado: 07.ago.2018 (terça-feira) – 22h34
URL: https://www.poder360.com.br/economia/senado-aprova-nomeacao-de-andre-pepitone-para-diretor-geral-da-aneel/

Efraim da Cruz assume posto na diretoria

Posse está prevista para dia 15 no MME

Michel Temer ainda pode indicar 1 nome

André Pepitone foi sabatinado pela Comissão de Infraestrutura em 11 de julho

O Senado aprovou nesta 3ª feira (7.ago.2018) a indicação de André Pepitone da Nóbrega para a diretoria geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no lugar de Romeu Rufino, que deixa o posto no dia 13 de agosto.

A cerimônia de posse está marcada para a próxima 4ª feira (15.ago.2018), no Ministério de Minas e Energia.

Pepitone integrava a diretoria da agência desde 2010. Para o seu lugar foi indicado Efrain Pereira da Cruz. A recomendação também foi aprovada pelo Senado nesta 3ª. Os 2 diretores foram sabatinados pela Comissão de Infraestrutura em 11 de julho, antes do recesso parlamentar.

Segundo a assessoria da Casa, como as indicações para as agências reguladoras são feitas pelo Presidente da República, não é necessária sanção presidencial. Apenas é feita uma comunicação por ofício do Senado Federal à Casa Civil.

No dia 13 de agosto também vence o mandato de Tiago Correia, que deixará o órgão. Havia expectativa de recondução para 1 segundo mandato, mas o próprio diretor confirmou que está de saída da agência nesta 2ª feira (6.ago.2018).

Com a saída de Correia, o presidente Michel Temer ainda poderá apontar mais 1 nome para a agência do setor elétrico.

Com a nomeação, o presidente terá escolhido todos os 5 diretores da agência. Além da promoção de Pepitone e do nome de Efraim, o emedebista nomeou Rodrigo Limp e Sandoval Feitosa, que assumiram postos na diretoria em 13 de junho.

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