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TRF-4 decide que fase 48 da Lava Jato não é mesmo de Moro

TRF-4 decide que fase 48 da Lava Jato não é mesmo de Moro

Por: Ricardo Brandt, Luiz Vassallo, Julia Affonso e Fausto Macedo
São Paulo 19/10/201811h28
URL: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/10/19/trf-4-decide-que-fase-48-da-lava-jato-nao-e-mesmo-de-moro.htm

A apuração de irregularidades no DER-PR não pertence a Moro.

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) decidiu que o processo da Operação Integração – fase 48 da Lava Jato -, é mesmo de competência da 23.ª Vara Criminal Federal de Curitiba. A decisão, tomada na sessão de quarta-feira passada, dia 17, rejeita Recurso em Sentido Estrito do Ministério Público Federal e mantém entendimento do juiz Sérgio Moro, titular da 13.ª Vara Federal, que já havia mandado redistribuir os autos dessa investigação por entender que os fatos não têm ligação com o esquema de cartel e propinas instalado na Petrobras.

A Operação Integração é uma investigação sobre supostos desvios de recursos dos pedágios administrados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná.

Segundo o Ministério Público Federal, o “esquema de contratações fraudulentas e desvios” fraudou o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão com o Paraná, “além de gerar dinheiro em espécie para pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos e também para enriquecimento dos próprios administradores e funcionários da concessionária”.

No dia 12 de junho, Moro abriu mão do caso, alegando “sobrecarga com as persistentes apurações de crimes relacionados a contratos da Petrobras e ao Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht”.

Ao recorrer ao TRF-4 contra a decisão de Moro em mandar redistribuir a investigação, o Ministério Público Federal alegou existência de “elementos de conexão fática com os delitos de lavagem de dinheiro e empresas ligadas aos operadores financeiros que autorizariam a competência exclusiva da 13.ª Vara Federal de Curitiba, com a instrução e julgamento realizados por Sérgio Moro”.

As defesas de vários alvos da Operação Integração apontaram “elementos técnicos processuais que demonstraram não ser de competência de Moro o processamento e julgamento da 48.ª fase da Lava Jato”. Segundo os defensores, não é possível estabelecer a competência da 13.ª Vara Federal “por não existir conexão fática entre os delitos”.

Gustavo Polido, advogado criminalista que realizou a sustentação oral perante os desembargadores da 8.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, defendeu a tese de que a mera existência de operadores financeiros e de empresas relacionadas à Lava Jato, e que as semelhanças dos delitos de lavagem de dinheiro também semelhantes à Lava Jato, “não figuram hipótese de atribuição de competência de Moro”.

Polido defendeu enfaticamente a livre distribuição do processo penal, “para que não reste violado o princípio constitucional do juiz natural, bem como seja assegurada a correta e legítima aplicação e interpretação das normas contidas no Código de Processo Penal”.

Na sessão do dia 17 passado, o TRF-4 decidiu acolher a tese de defesa e negou provimento ao recurso interposto pelo Ministério Público Federal. Apenas o desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus ficou voto vencido. Participaram do julgamento, além de Laus, os desembargadores federais João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen, ambos favoráveis à tese sustentada pela defesa.

“Desta forma, o processo relativo à 48.ª fase da Lava Jato, a Operação Integração, e seus respectivos desdobramentos, não retornarão ao juiz Sérgio Moro, mantendo-se sob a competência da 23.ª Vara Federal”, disse Gustavo Polido.

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Eleições 2018 – 2º turno – PT tira do ar links com manifestações de apoio à Venezuela

Eleições 2018 – 2º turno – PT tira do ar links com manifestações de apoio à Venezuela

Bernardo Barbosa
Do UOL, em São Paulo 12/10/201810h49
URL: https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/10/12/pt-tira-do-ar-links-com-manifestacoes-de-apoio-a-venezuela.htm

O PT deixou fora do ar, ao longo da quinta-feira (11), três links de seu site oficial com notas em que o partido manifestava apoio à Venezuela e ao governo de Nicolás Maduro. Um dos links voltou a funcionar na noite do mesmo dia.

O apoio do partido ao governo de Maduro há muito é criticado por opositores do PT, e o tema costuma ser usado por Jair Bolsonaro (PSL) e apoiadores para atacar a candidatura de Fernando Haddad (PT). A Venezuela vive uma grave crise política e humanitária, e o governo tem sido acusado de cometer violações de direitos humanos.

Neste segundo turno da eleição presidencial, Haddad tem se apresentado como fiador da democracia em oposição a Bolsonaro, que defende abertamente a ditadura militar brasileira (1964-1985) e tem sido retratado pela candidatura petista como violento e autoritário.

Haddad não confronta publicamente a posição do PT sobre a Venezuela, mas disse, em agosto, que não se pode caracterizar a Venezuela como uma democracia. Em setembro, em entrevista ao “Jornal da Globo”, o candidato foi questionado sobre a posição do PT e optou por responder qual seria a posição de um eventual governo do PT sob seu comando.

“É buscar mediação, reconhecendo que o ambiente não é o mais saudável”, disse.
Na quinta, ao “Jornal da Band”, quando indagado se o país era democrático, disse que “o problema é que o ambiente na Venezuela não é democrático”.

Link redireciona para elogio a Haddad
Um dos links do site do PT que saíram do ar era o que levava a uma nota de apoio do partido à Venezuela, datada de 3 de abril de 2017. Na tarde de quinta, quem clicava no link era redirecionado a uma outra nota no site do PT, datada de 30 de setembro de 2017, intitulada “Você sabia? Haddad já foi eleito o melhor prefeito da América Latina”.

Na nota de abril do ano passado, intitulada “PT divulga nota em apoio à Venezuela”, o partido criticava a conduta do governo de Michel Temer (MDB) diante da crise política venezuelana. O comunicado cita a declaração do chanceler Aloysio Nunes Ferreira, dada dias antes à Folha, de que manter a Venezuela no Mercosul seria “uma ficção que avacalharia” o bloco.

“Temos a convicção que o povo venezuelano saberá encontrar, por meios próprios, a solução para os seus conflitos”, diz a nota, assinada pelo então presidente do PT, Rui Falcão, e pela secretária de Relações Internacionais, Mônica Valente.

Pelo Twitter, na manhã de quinta, Jair Bolsonaro compartilhou o post de um apoiador que chamava a atenção para o fato de o link não estar funcionando. “Será que a ordem veio de dentro da prisão?”, disse o candidato, em uma alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena em Curitiba.

Partido culpa notícias falsas
Segundo o secretário de Comunicação do PT, Carlos Árabe, o bloqueio do acesso ao link foi feito por causa de mensagens de WhatsApp que estariam usando o comunicado como pretexto para distorcer a posição do PT sobre a Venezuela e disseminar notícias falsas.

Árabe disse que o link havia sido bloqueado e que a nota continuaria no site, mas que o partido estudava uma maneira de recolocá-la no ar. Segundo ele, foi identificado um “acesso desmedido a um determinado link específico”, e o PT já teria entrado com “medidas judiciais” a respeito.

“Não nos interessa manter bloqueado”, afirmou ao UOL.

Ao longo da noite de quinta, a reportagem questionou Árabe sobre como o PT identificou uma alta nos acessos ao link; como o partido descobriu que isso estava relacionado à disseminação de notícias falsas; e que medidas judiciais o partido tomou sobre o assunto, mas não teve resposta. O secretário também não deu detalhes do tipo de mensagem que estava sendo associada à noite sobre a Venezuela.

Partido elogiou eleições questionadas
O UOL também identificou mais dois links do site do PT em que o partido manifestava apoio à Venezuela de Maduro e que, ao longo da quinta-feira, estavam fora do ar.

Um deles, intitulado “Venezuela: mais uma vez, exemplo de democracia e participação cidadã!”, é datado de 16 de outubro de 2017. “O Partido dos Trabalhadores saúda o presidente Nicolás Maduro e seu partido, o PSUV, pela contundente vitória eleitoral nas eleições regionais deste domingo, 15 de outubro de 2017”, diz a nota assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e por Mônica Valente.

O mesmo comunicado diz que o dia da eleição regional venezuelana seria lembrado “como o dia de uma vitoriosa jornada de democracia, onde mais de 60% do eleitorado atendeu à convocação democrática e compareceu, de maneira cívica e pacífica, manifestando seu apoio à paz, à democracia e à soberania na Venezuela.”

O outro link, datado de 21 de maio deste ano, voltou a funcionar durante a noite de quinta. Trata-se de uma nota conjunta do PT e do PCdoB sobre as últimas eleições venezuelanas, vencidas por Nicolás Maduro e questionadas pela OEA (Organização dos Estados Americanos).

Na nota, PT e PCdoB “felicitam o povo venezuelano pela retumbante vitória política e eleitoral do presidente Nicolás Maduro, reeleito neste domingo, 20 de maio, para mais um mandato de seis anos à frente da Revolução Bolivariana”.

“Este triunfo, expressão da vitalidade do sistema eleitoral democrático venezuelano e dos sólidos laços do governo com o povo, é contestado pelo imperialismo estadunidense e governos lacaios da região latino-americana e caribenha, entre estes o governo golpista de Michel Temer”, diz o comunicado.

A nota também diz que “o sistema político-eleitoral venezuelano aperfeiçoa-se progressivamente desde 1999” e “assegura à população um amplo direito de voto e é dotado de mecanismos de transparência e verificação.”

País vizinho vive crise humanitária
A Venezuela vive um cenário de caos. Além da crise política, o país passa por uma profunda crise humanitária, com escassez de alimentos e remédios, que levou centenas de milhares de venezuelanos a deixarem sua terra natal — cerca de 100 mil buscam refúgio no Brasil, o que levou a uma outra crise humanitária, desta vez no estado de Roraima. O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê uma inflação de 1.000.000% para este ano.

Na Assembleia Geral da ONU, mês passado, o presidente Nicolás Maduro disse que a crise humanitária no país foi criada para justificar uma intervenção militar estrangeira.

No fim de setembro, seis países das Américas enviaram ao TPI (Tribunal Penal Internacional) um pedido de investigação por crimes de lesa-humanidade cometidos pelo governo de Maduro desde 2014. O braço da ONU para direitos humanos pediu a criação de uma comissão internacional para investigar execuções extrajudiciais no país.

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O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi o aspirante ao Palácio mais bem votado da história do Brasil no primeiro turno

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi o aspirante ao Palácio do Planto mais bem votado da história do Brasil.

Nunca antes na história houve um candidato que recebesse tantos votos no primeiro turno quanto ele.

Segundo informações do TSE, Jair Bolsonaro teve 49.276.990 votos, um total de 46,03%.

Os mais de 49 milhões de eleitores superam o número de votos válidos recebidos por Lula no primeiro turno em 2006: 46.662.365 votos.

A ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010, também ficou pra trás com 47.651.434 votos.

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Governo recomenda dobrar tarifa de energia de Angra 3 para finalizar obras

Previsão de conclusão em 2026

Obras estão paradas desde 2015

Requer investimentos de R$ 15,5 bi

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) aprovou nesta 3ª feira (9.out.2018) uma recomendação para reajustar a tarifa da energia que será gerada na usina nuclear de Angra 3. A proposta prevê que a tarifa atual da usina, de R$ 240 megawatts/hora (MWh), dobre para R$ 480 MWh.

O aumento na tarifa é uma demanda da Eletrobras, responsável pelas obras da usina. A medida é apontada como uma das maneiras de viabilizar o término da construção da usina, cujas obras estão paradas desde 2015, alvo da operação Lava Jato.

O grupo também aprovou estudos para a retomada das obras da usina. A expectativa do governo é que a usina comece a gerar energia elétrica em janeiro de 2026. Os investimentos previstos são de R$ 15,5 bilhões.

O governo quer buscar investidores externos para auxiliar na finalização da construção. Para isso, o MME (Ministério de Minas e Energia) vai propor ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos uma avaliação para qualificar o empreendimento no portfólio.

A usina tem capacidade de 1.405 MW em energia segura, ou seja, independente de condições climáticas. O empreendimento será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.

De acordo com o MME, a operação de Angra 3 pode proporcionar “mais segurança energética e elétrica ao sistema elétrico brasileiro” e reduzirá o acionamento de térmicas mais caras.

O argumento é que, por estar localizada na Região Sudeste, onde há maior consumo de energia no país, o acionamento da usina poderá gerar menores custos com a transmissão de energia.

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Auditoria aponta perda potencial de R$ 591 mi com PPP da luz

Auditoria aponta perda potencial de R$ 591 mi com PPP da luz

Relatório da controladoria municipal diz que prefeitura de SP não adotou contrato mais vantajoso

Por: Mario Cesar Carvalho e Joana Cunha
Em: 13.ago.2018 às 2h00
URL:https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/08/auditoria-aponta-perda-potencial-de-r-591-mi-com-ppp-da-luz.shtml

A Prefeitura de São Paulo não conseguiu provar que uma PPP (parceria público-privada) de R$ 7,2 bilhões era mais vantajosa do que uma concorrência tradicional.

Uma mudança nas regras da disputa espantou competidores por decisões da administração municipal. Há ainda falhas na avaliação de preços que podem causar prejuízo de R$ 591 milhões.

Esses apontamentos fazem parte de uma auditoria da Controladoria-Geral do Município sobre a PPP da Iluminação Pública, o maior negócio do mundo no gênero.

Na parceria, a prefeitura pagará a quantia bilionária por 20 anos para que a iluminação da cidade, com 605 mil lâmpadas, seja substituída por LED, mais eficientes e econômicas.

A PPP da luz não teve concorrência. Só um consórcio, formado pelas empresas FM Rodrigues e Consladel, acabou habilitado na fase final.

Em março, a Justiça suspendeu a parceria após o surgimento de suspeitas de que a FM Rodrigues pagava propina a Denise Abreu, diretora do Ilume (departamento da iluminação pública).

A PPP foi proposta em 2015 pelo então prefeito Fernando Haddad (PT) e finalizada sem grandes mudanças na gestão de João Doria (PSDB).

Haddad é o vice de Luiz Inácio Lula da Silva na chapa petista que será inscrita para disputar a Presidência. Doria é o candidato tucano ao governo.

Em documento de 82 páginas, o controlador Gustavo Ungaro diz que nem o formato adotado, a PPP, teve vantagem comprovada. PPP é uma parceria com empresas privadas em troca de benefícios públicos –no caso, a modernização da iluminação.

Diferentemente da licitação, na PPP é criada uma empresa privada para fazer a gestão.

“Falta um estudo detalhado demonstrando que o custo-benefício da PPP é melhor do que o custo-benefício da contratação tradicional”, diz o texto da auditoria.

Ungaro cita um estudo que concluiu que a PPP tem desvantagens financeiras quando comparada a uma licitação. A prefeitura economizaria pouco mais de R$ 1 bilhão com concorrência tradicional.

“Foi demonstrada a desvantagem econômico-financeira da opção pela PPP, sendo que a Ilume não apresentou contra-argumentos objetivos e convincentes”, escreve.

Na PPP da luz, a Prefeitura de SP pagaria R$ 7,2 bi em 20 anos para as lâmpadas da cidade serem substituídas por LED

A prefeitura dispunha de dois instrumentos para ajudar as empresas a conseguir financiamento mais barato e abriu mão deles, diz o documento.

Um era o oferecimento de garantias ao contrato; o outro, o uso de uma conta que a prefeitura mantém com os recursos que são pagos pelo contribuinte para o custeio da iluminação.

O consumidor residencial paga R$ 8,19 para um fundo que tem um valor acumulado de R$ 500 milhões e recebe R$ 46 milhões por mês, segundo o TCM (Tribunal de Contas do Município).

Esse fundo poderia ser oferecido a bancos para que as empresas da PPP conseguissem taxa de juros mais barata e pudessem oferecer um preço mais baixo à prefeitura.

O plano de negócios elaborado também era frágil, na avaliação da controladoria.

Houve falhas na estimativa dos custos das luminárias “por desconsiderarem aspectos técnicos relevantes e não adotarem os valores mais vantajosos como referência”.

Foi por causa dessas omissões que o auditor indica que, se cumprido à risca, o contrato trará o prejuízo milionário.

A auditoria diz ainda que a prefeitura eliminou um consórcio da disputa sem que houvesse uma decisão final da Justiça, colocando “o interesse privado acima do interesse público”.

O consórcio Walks foi desclassificado na gestão Doria porque uma das empresas que participava do grupo, a Quaatro, é a controladora da Alumini, declarada inidônea pela CGU (Controladoria-Geral da União) por suborno.

Pelo cronograma inicial da PPP, rede deveria ser 100% modernizada com lâmpadas de LED em até cinco anos.

O outro lado
A Prefeitura de São Paulo respondeu, em nota, que “o relatório ainda não é conclusivo” e que faltam a manifestação do Ilume e a análise jurídica da Procuradoria-Geral do Município.

“A PPP foi realizada em obediência à legislação”, informa a administração municipal.

“A inidoneidade [da Alumini] impede o consórcio de firmar contratos nas três esferas de governo. A comissão de licitação cumpriu a Lei Anticorrupção. A exclusão do Walks foi julgada procedente pela Justiça”, diz a nota.

Haddad disse à Folha que o problema não é a adoção de uma PPP, mas sim a eliminação de concorrentes com ofertas mais vantajosas.

Desclassificado, o consórcio Walks previa que a prefeitura pagaria R$ 23 milhões mensais, R$ 7 milhões abaixo da proposta vencedora.

“Com concorrência, a PPP seria R$ 1,68 bilhão mais barata”, diz Haddad.

Procurados pela reportagem, Doria e o empresário Marcelo Rodrigues, sócio da FM Rodrigues, não quiseram se manifestar.

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Partidos pagam salários de até R$ 27 mil a presidentes e dirigentes

Partidos pagam salários de até R$ 27 mil a presidentes e dirigentes

Estadão
Por: Felipe Frazão e Thiago Faria
Em Brasília 14/06/201811h00
URL: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2018/06/14/partidos-pagam-salarios-de-ate-r-27-mil.htm

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes recebe remuneração de R$ 21,1 mil do PDT

Presidentes e dirigentes partidários recebem das legendas salários que chegam a R$ 27,5 mil por mês. Os dados constam nas prestações de conta dos partidos, referentes ao ano passado, enviadas à Justiça Eleitoral. Esse valor é superior, por exemplo, aos vencimentos de governadores, como o de São Paulo – R$ 22,3 mil por mês.

Levantamento feito pelo jornal “O Estado de S. Paulo” nas contas de 35 partidos aponta que 12 legendas pagaram vencimentos a seus dirigentes no ano passado que variaram entre R$ 27,5 mil – caso do nanico PRP – e R$ 4,1 mil, como o PCB (mais informações nesta página).

A remuneração dos dirigentes partidários é permitida, seja com dinheiro público – recebido por meio do Fundo Partidário – ou privado – arrecadado em doações externas e contribuições de filiados. Em abril, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou, por maioria de votos, que os dirigentes podem ser pagos com verbas do Fundo Partidário, sem que haja necessidade de comprovação das atividades desempenhadas nas siglas.

Por lei, a direção nacional dos partidos pode gastar com funcionários até 50% da parcela que recebe do Fundo Partidário. No caso de diretórios municipais e estaduais, o limite é maior: 60%. Ministros do TSE e a Procuradoria-Geral Eleitoral, porém, têm cobrado que os partidos estabeleçam critérios transparentes de remuneração, registrados em estatutos e normas internas.

Em geral, os partidos não remuneram dirigentes que ocupam concomitantemente outros cargos eletivos. Não há nas prestações de contas registros de pagamentos para os presidentes do PSDB, o pré-candidato ao Planalto e ex-governador Geraldo Alckmin; do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR); do PCdoB, a deputada Luciana Santos (PE); do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto; e do MDB, o senador Romero Jucá (RR).
O PSD também não registra repasses a seu presidente licenciado, Gilberto Kassab, atual ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Integrantes da cúpula do partido que não possuem outros cargos são destinatários de parcelas, como a coordenadora do PSD Mulher, a ex-vice-prefeita de São Paulo Alda Marco Antônio (R$ 25 mil).

Depois do PRP, o PV é o partido que pagou o maior valor – R$ 26 mil ao ex-deputado José Luiz Penna, presidente nacional da legenda. Penna não foi localizado nesta quarta-feira, 13.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, que recebe até hoje R$ 25 mil, considera o valor “razoável” e pondera que poucas pessoas da Executiva Nacional recebem salário, arbitrado pela própria direção. “A remuneração é para quem tem dedicação exclusiva. Por um período longo em que eu era dirigente e advogava, não recebia. Não tenho emprego público e, hoje, não me sobra tempo, fica impossível eu me dedicar à minha profissão, que rendia muitíssimo mais”, disse Siqueira.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, confirmou receber os recursos. “O valor serve para cobrir diversas despesas, almoço, jantar, táxi e etc.” Lupi recebe R$ 12 mil do PDT, menos que o vice-presidente da legenda e pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, cuja remuneração é de R$ 21,1 mil. Ambos aparecem no balanço do partido como prestadores de serviço técnico-profissional e não na folha de pessoal.

Alvo da Operação Registro Espúrio, que investiga irregularidades no Ministério do Trabalho, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, recebeu parcelas de R$ 23 mil ao longo do ano passado. Procurado, Jefferson não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

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Ex-presidente do PSC é investigado por pagar prostitutas com dinheiro do fundo partidário; ouça o áudio

Ex-presidente do PSC é investigado por pagar prostitutas com dinheiro do fundo partidário; ouça o áudio

Em: 07/06/18 14:39
Por: https://extra.globo.com/noticias/brasil/ex-presidente-do-psc-investigado-por-pagar-prostitutas-com-dinheiro-do-fundo-partidario-ouca-audio-22754382.html?sdsdsd

O ex-presidente nacional e fundador do Partido Social Cristão (PSC) Vitor Jorge Abdala Nósseis é alvo de um inquérito, em andamento no Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), que apura a destinação de recursos da Fundação Instituto Pedro Aleixo (Fipa), vinculada à sigla e financiada pelo fundo partidário, para pagar prostitutas. No ano passado, o próprio PSC entregou ao MP do estado e à Polícia Federal uma gravação em que, segundo o partido, o ex-presidente afirma ter usado recursos da entidade para “comer putas”.

O áudio foi obtido pelo EXTRA na prestação de contas do PSC referente a 2017 enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e divulgada nesta quarta-feira no site da Corte. Desde o ano passado, a fundação não tem mais ligações com o PSC. Segundo o partido, Nósseis foi expulso no fim de 2017.

“Eu tô vendo uma fofoca. Diz que eu dei dinheiro, né? Eu dei dinheiro da fundação para comer as puta… Conversa dela. Falei assim: Dei mesmo, e comi. Qual o problema? E agora? Vai fazer o que comigo? Dei, mas elas se formaram. Recuperei elas todas pra vida”, ouve-se na gravação, em que também são citados os nomes de “Samanta” e “Keila”: “Cê vê, a Samanta é uma mesmo. A Keila é outra. Tem umas três lá na Europa. Já viraram, tudo virou gente. Formaram-se, tem mais de vinte”, complementa.

Questionado se a publicação de processos e provas é uma ação comum nas prestações de contas dos partidos, o TSE informou que “não comenta antecipadamente questões que, no futuro, podem ser trazidas à sua jurisdição”.

Localizada em Belo Horizonte e criada em 2009, a fundação desenvolve projetos institucionais de cunho político, social, educativo e cultural. O MP de Minas investiga se houve celebração de contratos, repasses de verbas, concessão de bolsas ou outros benefícios a alguma “Samantha” ou “Keila”. Segundo o estatuto do PSC, a fundação era responsável pela aplicação de 20% do total dos recursos do fundo partidário destinados à sigla, cerca de R$ 3 milhões em 2017.

Segundo despacho do promotor Marcelo Oliveira Costa, da 21ª Promotoria Judicial de Tutela de Fundações, Vitor Nósseis afirmou em depoimento que não se recorda do diálogo e que “não se pode levar em consideração uma conversa informal, descontraída”.

Em nota ao EXTRA, o ex-presidente do partido sustentou que a gravação é “clandestina e apócrifa” e que foi manipulada a pedido do pastor Everaldo, atual presidente do PSC, em função de denúncias que apresentou contra ele e a sigla a partir de 2015. Já a defesa do partido informa que recebeu o áudio por meio de uma denúncia anônima.

Vitor Nósseis fundou o PSC e foi presidente da sigla entre 1985 e 2015, quando assumiu o cargo de presidente de honra. Advogado, tentou se eleger para um cargo político apenas uma vez, nas eleições presidenciais de 1994 como vice de Hernani Goulart Fortuna. A chapa ficou em último lugar no pleito eleitoral, com apenas 0,26% dos votos válidos.

IRREGULARIDADES NA FUNDAÇÃO

Desde 2014, o TSE determina que as prestações de contas dos partidos devem trazer também as das fundações mantidas pelas legendas. Já em 2015, o PSC teve problemas na divulgação dos gastos por conta da falta de documentação da Fipa, que não foi enviada dentro do prazo. Em março de 2017, a ministra Rosa Weber, do TSE, atendeu a um pedido do próprio PSC e determinou a suspensão dos repasses à instituição.

Em abril deste ano, a legenda enviou uma notificação extrajudicial à fundação. O prazo para o envio da prestação de contas era o dia 30 daquele mês. Como presidente do instituto, Nósseis respondeu que “diante da manifestação da própria comissão executiva nacional do Partido Social Cristão em extinguir o vínculo jurídico com a Fundação Instituto Pedro Aleixo, não lhe assiste nenhuma titularidade para estabelecer prazos, sejam eles quais forem, até decisão final da Justiça”.

DENÚNCIAS CONTRA O PARTIDO

Em 2016, Nósseis enviou uma petição ao TSE para que fosse realizada uma auditoria externa para investigar a prestação de contas do PSC. O ex-presidente do partido solicitou ainda o afastamento imediato de Everaldo e de outros dirigentes da sigla, acusando-os de corrupção e mau uso do dinheiro público. Em fevereiro de 2018, o pedido teve parecer favorável do Ministério Público Eleitoral e, em maio, foi encaminhado para a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa), em despacho do ministro Luís Roberto Barroso.

Também em maio, o Pastor Everaldo e outros dois membros do partido, Adolfo Lúcio de Oliveira Fernandes e Denise Assumpção Fernandes, decidiram processar o ex-presidente, por crimes de calúnia, injúria e difamação.

Nósseis entrou na Justiça contra o PSC pela primeira vez em 29 de setembro de 2015, questionando a convenção do partido realizada em julho do mesmo ano, que decidiu pela saída dele do cargo de presidente. O processo correu na 25ª Vara Cívil de Brasília até 20 de junho de 2017, quando foi arquivado.

Na decisão, a relatora do caso, desembargadora Simone Lucindo, argumenta que o ex-presidente participou da convenção, aceitou o cargo de presidente de honra e que inclusive indicou nomes de seu grupo para compor a nova chapa da direção. Ela contesta ainda que, assim como prevê o estatuto do partido, havia mais de 60% dos membros do diretório nacional no evento. Assim, defende que “não se revela adequado que venha a juízo negar o posicionamento exarado no acordo convencional”.

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Polícia prende ex-piloto de Perrela em ação contra o tráfico na Grande SP

Polícia prende ex-piloto de Perrela em ação contra o tráfico na Grande SP

26.abr.2018 às 0h06
Atualizado: 26.abr.2018 às 18h28
URL: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/policia-prende-3-pilotos-e-apreende-helicoptero-em-apuracao-de-trafico-em-sp.shtml

Suspeito já havia sido preso transportando 450 kg de drogas em 2013

SÃO PAULO
​A Polícia Civil apreendeu nesta quarta-feira (25), em Arujá, na região metropolitana de São Paulo, um helicóptero que, segundo investigações, seria usado para traficar drogas. Três pilotos também foram presos.

O helicóptero era buscado pela polícia desde janeiro e foi localizado em uma oficina no bairro Jardim Fazenda Rincão.

Ele estava sem os bancos e não tinha drogas, mas, segundo a polícia, foram encontrados vestígios de cocaína. O laudo que confirmará a presença de droga, no entanto, ainda deverá ser feito pelo Instituto de Criminalística.

Três pilotos que estavam na oficina foram detidos e, no final da noite, ainda estavam sendo autuados por organização criminosa na Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes) de São Bernardo do Campo, também na região metropolitana.

Entre os detidos está Rogério Almeida Antunes, preso em 2013, no Espírito Santo, sob suspeita de transportar quase 450 kg de cocaína no helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, do então deputado estadual mineiro Gustavo Perrela.

Segundo a polícia, os outros dois pilotos não tinham ficha criminal.

Nesta quinta (26), no entanto, os três passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão em flagrante alterada para prisão preventiva (sem prazo para terminar).

FAMÍLIA PERRELLA
A Polícia Federal descartou participação da família Perrella no transporte de droga realizado em 2013. O piloto Rogério Antunes era funcionário de confiança dos Perrella, e ocupava um cargo de confiança na Assembleia Legislativa de Minas Gerais por indicação de Gustavo Perrella.

De acordo com a Procuradoria, ele receberia R$ 50 mil pelo traslado da pasta base de cocaína, trazida do Paraguai. Embora os Perrella não tenham sido apontados como responsáveis, a Justiça Federal determinou a apreensão do helicóptero, para uso do estado do Espírito Santo e da Polícia Federal.

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