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Portugal – CNPD: Orçamento de Estado promove partilhas de dados inconstitucionais

Portugal – CNPD: Orçamento de Estado promove partilhas de dados inconstitucionais

Por: HUGO SÉNECA
Em: 23.11.2018 às 10h59
URL: http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2018-11-23-CNPD-Orcamento-de-Estado-promove-partilhas-de-dados-inconstitucionais

Orçamento de Estado de 2019 (OE) prevê dez novos fluxos de partilha de dados entre repositórios de entidades do Estado – e a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) não tem dúvidas de que essa possibilidade viola a Constituição da República Portuguesa (CRP). Em causa estão dois artigos do OE: um que permite que o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) partilhem bases de dados; e ainda um segundo que dá à Agência Portuguesa para o Desenvolvimento e Coesão (APDC) o poder de estabelecer conexões com repositórios de sete instituições públicas, que são especificadas para o efeito, e que curiosamente deixa em aberto de acesso a repositórios de todas as entidades da Administração Pública (AP).

Questionada pelo Diário de Notícias (DN), a CNPD denuncia a potencial ilegalidade da partilha de dados entre entidades de diferentes ministérios, que nalguns casos chega mesmo a envolver dados de saúde. «Não pode remeter-se para normas regulamentares ou acordos interadministrativos a definição dos aspetos essenciais dos tratamentos de dados pessoais», denuncia a CNPD, em declarações oficiais reproduzidas pelo DN.

«Por muito justificada que seja cada uma das interconexões previstas à luz de um específico e legítimo interesse público, a verdade é que do conjunto delas – das já existentes, das que agora se preveem e das que no futuro se vão ainda prever – resulta uma teia de ligações entre bases de dados que permite, a partir de um qualquer elemento identificativo, inter-relacionar toda a informação relativa a cada cidadão na posse de toda a administração pública portuguesa», esclarece ainda a CNPD.


No caso da APDC, o Orçamento de Estado prevê a possibilidade conexão com bases de dados da Autoridade Tributária, da Segurança Social, do Instituto dos Registos e Notariado, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, do Instituto de Gestão Financeira da Educação e da Agência para a Modernização Administrativa.

A partilha de dados prevista entre o IEFP e a ACSS tem em vista a monitorização e controlo de apoios públicos relacionados com formação e promoção de empregos. Combate à fraude e desburocratização constam igualmente nos objetivos desta nova partilha de dados proposta pelo OE2019.

Tanto o Ministério do Trabalho como a ACSS ainda não comentaram a posição da CNPD.

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Posted by Alvarenga Milton in Unitary precision
Facebook sabe dizer com quem você mora só analisando suas fotos e legendas

Facebook sabe dizer com quem você mora só analisando suas fotos e legendas

Por: Fabiana Uchinaka
Em: Do UOL, em São Paulo 18/11/201814h39
URL: https://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/11/18/facebook-sabe-dizer-com-quem-voce-mora-so-analisando-suas-fotos-e-legendas.htm

Já viu o tamanho do centro de dados do Facebook na Suécia?

O Facebook apresentou um pedido de patente para uma tecnologia um pouco assustadora, mesmo quando a gente sabe que ele usa reconhecimento facial nas nossas fotos e nossos dados de forma questionável, para alimentar seus algoritmos de personalização

Segundo o documento, a rede social consegue prever quem são seus familiares ou colegas de casa a partir das fotos, legendas e hashtags que você posta, usando, além do reconhecimento facial, aprendizado em máquina que entende o texto das fotos. A empresa também usa informações do seu celular e do seu computador, como os endereços de IP compartilhados (um identificador único para cada rede de internet).

De acordo com o pedido de patente, os modelos de previsão do Facebook também analisariam “histórico de mensagens, histórico de hashtags, [e] histórico de navegação na web” para ver se várias pessoas compartilham endereços IP.

Tudo isso para ajudar o Facebook a entender melhor quem está ao seu redor (e, em tese, com que você interage mais).

E vamos lembrar que a empresa de Mark Zuckerberg também é dona do Instagram e do WhatsApp, e não esconde que cruza dados do Instagram com os do Facebook.
O aplicativo “Prevendo dados demográficos de residências com base em dados de imagem” existe desde 10 de maio de 2017, mas o pedido de patente foi divulgado nesta semana, segundo o BuzzFeed News. Ou seja, é um movimento que foi feito antes dos escândalos envolvendo a Cambridge Analytica e vazamento e mau uso dos dados dos usuários.

Facebook não respondeu como pretende usar o app, mas tudo indica que é com muita propaganda online direcionada. Após a reportagem do BuzzFeed News, a companhia disse: “Nós frequentemente buscamos patentes para tecnologia que nunca implementamos, e as patentes não devem ser tomadas como uma indicação de planos futuros”.

Você é o produto: cada passo que você dá na web gera rastros e essas informações são usadas para te vigiar e influenciar o seu comportamento

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Posted by Alvarenga Milton in Unitary precision
Técnica de rastreamente e reconhecimento de hábito de usuários vias sons e mobile / celular

Técnica de rastreamente e reconhecimento de hábito de usuários vias sons e mobile / celular

A empresa SilverPush, criou em 2015 um sistema que emitia sons inaudíveis para humanos em anúncios, mas que eram captados por aplicativos em celulares, usando o microfone, permitindo assim monitorar hábitos dos usuários também no mundo offline.

 Quando o som é captado pelos aparelhos, cookies de navegador passam a ser capazes de ligar um usuário a múltiplos dispositivos. Assim, é possível saber quais comerciais a pessoa assiste e por quanto tempo ela assiste. Graças à integração com outros dispositivos, também é possível saber se a pessoa realiza alguma ação sobre o anúncio, fazendo uma busca na internet, por exemplo. Além disso, também é possível para os anunciantes saberem quais tipos de dispositivos a pessoa usa regularmente.
A técnica vale tanto na web quanto em anúncios off-line, como na TV, ou qualquer aparelho emissor por exemplo em lojas, shoppings, etc. Quando o material é exibido, ele emite sons inaudíveis que são captados por outros dispositivos, como smartphones, tablets, TVs, entre outros. Assim, é possível fazer o acompanhamento dos hábitos da pessoa entre múltiplos dispositivos.

Centenas de aplicativos usam o recurso para que celulares escutem os sons ultrassônicos sem qualquer tipo de alerta a seus usuários, embora não se saiba atualmente de nenhum tipo de conteúdo transmitido pela TV que fizesse uso desse tipo de áudio.

Boa parte dos aplicativos que têm o recurso incorporado são legítimos, incluindo empresas como o McDonald’s das Filipinas.

A solução existente para se proteger desse monitoramento indesejado, nos casos onde é possível, é desabilitar o microfone .

Celulares Android com versão 6.0 ou superior possibilitam ajustar as permissões para que aplicativos não tenham acesso ao microfone do aparelho, o que resolve a situação.

Essa é, inclusive, uma boa sugestão para todos os apps. Recomenda-se que os únicos aplicativos que tenham essa permissão sejam aqueles que trabalham diretamente com vídeo e áudio.

 

 

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