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Paraquedista morre após cair em rodovia e ser atingido por carreta em Boituva

Paraquedista morre após cair em rodovia e ser atingido por carreta em Boituva

Por G1 Itapetininga
19/08/2018 12h26 Atualizado há menos de 1 minuto
URL: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2018/08/19/paraquedista-morre-apos-cair-em-rodovia-e-ser-atingido-por-carreta-em-boituva.ghtml

Homem tinha 37 anos, caiu na altura do quilômetro 115 da Rodovia Castelo Branco e, segundo a Polícia Rodoviária, morreu na hora.

Um paraquedista de 37 anos morreu na manhã deste domingo (18), ao cair no quilômetro 115 da Rodovia Castello Branco, em Boituva (SP). Ele foi atingido por uma carreta que passava pela rodovia.

De acordo com a Polícia Rodoviária, a Diego Camargo Martins morava em São Paulo (SP), era contador e praticava o esporte com frequência, com mais de 130 saltos de experiência. O caminhão que atingiu o rapaz saiu do Paraná e ia para Bragança Paulista (SP).

Próximo ao local do acidente há o Centro de Paraquedismo de Boituva, conhecido em todo o Brasil pela prática do esporte.

Ainda não se sabe porque o paraquedista foi em direção à rodovia. Um policial rodoviário afirmou que já viu outros paraquedistas pousarem próximo dali.

A polícia acredita que ele tenha sido atingido quando estava prestes a tocar o solo. O corpo da vítima ficou preso na frente da carreta.

O motorista do veículo disse à TV TEM que o homem apareceu de repente na frente do caminhão e não tinha como desviar. Ele disse também que na hora do impacto não sabia que se tratava de um ser humano.

O motorista só entendeu o que tinha acontecido quando parou o caminhão, cerca de 200 metros depois, e viu o corpo do rapaz preso.

A polícia procura a câmera que estava acoplada no capacete do paraquedista e que pode ajudar o que causou o acidente.

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CEO da GE é preso em operação contra fraude na Saúde do RJ

CEO da GE é preso em operação contra fraude na Saúde do RJ

Em: 4.jul.2018 às 6h53
Atualizado: 4.jul.2018 às 13h07
Por: Italo Nogueira
URL: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/07/operacao-da-policia-federal-mira-empresarios-do-setor-de-saude-no-rj.shtml

O CEO da General Eletric para a América Latina, Daurio Speranzini Junior, foi preso na Operação Ressonância, deflagrada na manhã desta quarta-feira (4) pela Polícia Federal.

A investigação é um desdobramento da Operação Fatura Exposta, que prendeu o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes em abril de 2017. Ela aponta fraudes em licitações da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e no Into (Instituto Nacional de Traumatologia) desde 1996.

O pedido de prisão contra Sperazini Junior cita principalmente fatos relacionados ao período em que foi CEO da Philips Medical no Brasil, até 2010. A Procuradoria afirma, contudo, que ele “permaneceu realizando as contratações espúrias com o poder público” após assumir o comando da GE no continente.

A GE não foi alvo de mandado de busca e apreensão.

Outra grande multinacional sob investigação é a Johnson & Johnson. O Ministério Público Federal chegou a pedir busca e apreensão na sede da companhia no país, mas ela não foi autorizada pela Justiça. ​

Há ainda um mandado de prisão contra outro executivo da Philips do Brasil à época dos fatos investigados: o gerente Frederik Knudsen.

Além da própria Philips, estão na mira dois executivos da Dixtal Biomédica, empresa adquirida pela multinacional holandesa no Brasil.

O Ministério Público Federal aponta como o responsável por “disseminar as práticas criminosas” na firma holandesa o ex-sócio da Dixtal Albert Holzhacker, também alvo de mandado de prisão.

Um dos alvos da operação é o empresário Miguel Iskin, que já havia sido preso na Fatura Exposta, e solto em dezembro por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é apontado como um organizador do cartel de pregões internacionais na pasta e no Into desde 1996.

De acordo com as investigações, Iskin cobrava um “pedágio” de 13% sobre os valores de contratos para fornecimento de próteses e órteses. A comissão cobrada para empresas internacionais chegava a 40%, segundo o Ministério Público Federal.

Grande parte das informações sobre a atuação da Philips no Brasil foi obtida por meio do depoimento de um ex-funcionário da companhia.

Ele era funcionário da Dixtal quando foi adquirida pela empresa holandesa. Segundo a Procuradoria, a testemunha relatou ao setor de compliance as fraudes organizadas por Iskin, sem que a empresa tomasse qualquer atitude para evitá-las.

“A conivência de executivos da Philips nas práticas criminosas restou evidenciada pela reação da empresa diante das denúncias, o que, à época, gerou apenas a intervenção administrativa da multinacional junto ao Ministério da Saúde para retirada do nome da sociedade do contrato firmado em decorrência da licitação, sem que fosse apontado o sobrepreço ao referido órgão ou rescindido o contrato firmado com a empresa Rizzi [representante comercial]”, afirma o MPF.

A testemunha acabou demitida da Dixtal e recontratado pela Philips num cargo de menor nível, segundo o MPF. A Procuradoria afirma ainda que Sperazini Junior foi demitido em 2010 “após investigação interna”.

O executivo foi contratado pela GE no ano seguinte como gerente-geral de sistemas de saúde. Foi promovido a vice-presidente comercial e executivo-chefe para a América Latina, antes de chegar ao posto de CEO no continente.

A Procuradoria afirma que Speranzini Junior é suspeito de ter ciência das fraudes em licitações praticadas por Iskin na Secretaria de Saúde do RJ já no período da GE. Contudo, há poucas informações sobre os fatos relacionados à empresa norte-americana.

Foram expedidos no total 22 mandados de prisão, sendo 9 preventivos e 13 temporários. Um dos presos é o atual diretor do Into, André Loyelo. Côrtes é alvo de um mandado de busca e apreensão –outros 42 são cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal. Estão sob investigação 37 empresas.

Outro elemento da investigação é a delação premiada do ex-subsecretário de Saúde César Romero, que também originou a Fatura Exposta. Em depoimento, ele detalhou o cartel que foi adotado na Secretaria de Saúde. O colaborador mencionou 18 multinacionais do setor de saúde.

A investigação também tem participação do Cade (Conselho de Atividade de Defesa Econômica). Parte das provas foi fornecida por meio de acordo de leniência firmado pelo órgão.

OUTRO LADO
Em nota, a GE afirmou que a empresa não é alvo das investigações e que está à disposição para colaborar com as autoridades.

“A respeito da operação da Polícia Federal conduzida na manhã de hoje, que resultou na prisão temporária de Daurio Speranzini Jr., esclarecemos que as alegações são referentes ao período em que o executivo atuou na liderança de outra empresa”, diz o comunicado.

A Johnson & Johnson Medical Devices Brasil diz que segue rigorosamente as leis do país e está colaborando integralmente com as investigações em andamento.

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Procuradora será investigada a pedido de Mendes e Toffoli

Procuradora será investigada a pedido de Mendes e Toffoli

Por: Mônica Bergamo
Em: 4.jul.2018 às 12h47
url: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2018/07/procuradora-sera-investigada-a-pedido-de-mendes-e-toffoli.shtml

Ela afirmou que magistrados do STF “ganham por fora” para beneficiar “companheiros”

A Corregedoria Nacional do Ministério Público instaurou reclamação disciplinar contra a procuradora Monique Cheker, do Rio de Janeiro.

A iniciativa visa investigar declarações feitas por ela, no Twitter, em que insinuava que ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) recebiam “por fora” para julgar a favor de “companheiros”.

“Não há limite. Vamos pensar: os caras [magistrados] são vitalícios, nunca serão responsabilizados via STF ou via Congresso e ganharão todos os meses o mesmo subsídio. Sem contar o que ganham por fora com os companheiros que beneficiam. Para quê ter vergonha na cara”, postou ela na segunda (2), em seu perfil na rede social.

No dia seguinte, Luiz Fernando Bandeira de Mello, conselheiro do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), enviou representação ao corregedor Orlando Rochadel para que fosse apurada “eventual infração disciplinar” contra a procuradora.

O ministro Gilmar Mendes também encaminhou a publicação de Monique Cheker ao corregedor, via mensagem instantânea de celular, pedindo providências “em nome próprio” e em nome do ministro Dias Toffoli.

Os magistrados postularam ainda “a adoção de medidas de cunho disciplinar para o esclarecimento da questão”.

Por escrito
Advogados devem recorrer a órgãos de controle contra o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira por críticas que ele tem feito ao STF.

No Twitter ele afirmou que os ministros do STF Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello “parecem sofrer quando um corrupto é preso”.

“O direito de expressão é também para criticar”, disse Oliveira à coluna. “Se um processo cai em uma turma, tem uma solução. Se cai em outra, vai ter desfecho diferente. Hoje o Supremo é fonte de insegurança jurídica.”

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Não há provas de que veneno veio da Rússia, diz chefe de laboratório britânico

Não há provas de que veneno veio da Rússia, diz chefe de laboratório britânico

Por: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/nao-ha-provas-de-que-veneno-veio-da-russia-diz-chefe-de-laboratorio-britanico.shtml

Foto por: Entrada do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa, em Porton Down, na Inglaterra – Ben Stansall – 19.mar.2018/AFP

Segundo executivo, substância é de grau militar e apenas ator estatal poderia produzi-la

O chefe do centro de pesquisa militar do Reino Unido que investigou o agente neurotóxico que envenenou um ex-espião no mês passado disse nesta terça-feira (3) que não foi possível provar que a substância tenha sido produzida na Rússia.

“Fomos capazes de identificá-lo como Novitchok e identificar que é um agente neurotóxico de grau militar”, afirmou Gary Aitkenhead, executivo chefe do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa em Porton Down, na Inglaterra, ao canal Sky News.

“Não identificamos a fonte precisa, mas demos as informações científicas ao governo, que usou então um número de outras fontes para chegar às conclusões a que chegaram.”

Aitkenhead afirmou ainda que a substância requer “métodos extremamente sofisticados para ser criada, provavelmente apenas nas capacidades de um ator estatal”. Mas descartou que tenha sido produzida por algum laboratório britânico.

O Reino Unido acusa a Rússia de ter produzido o agente e de ter envenenado o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha, Iulia, em Salisbury, na Inglaterra.

Moscou nega estar por trás do ataque, ocorrido no dia 4 de março.

O caso acabou se tornando uma crise diplomática no mundo ocidental. Em apoio ao Reino Unido, os EUA e vários países europeus expulsaram diplomatas russos. Moscou respondeu com reciprocidade às ações.

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SNI via em Aécio um moderado de esquerda

SNI via em Aécio um moderado de esquerda

Por Folha de São Paulo: JOÃO CARLOS MAGALHÃES DE BRASÍLIA 24/10/2014

Um jovem político mineiro que flerta com tendências de esquerda, mas não se confunde com os grupos armados que resistiram à ditadura e prefere trilhar a crítica moderada ao governo. Essa é a imagem que emerge de documentos do sistema de espionagem da ditadura sobre o presidenciável Aécio Neves (PSDB).

A Folha localizou 162 conjuntos de papéis no Arquivo Nacional em que ele é citado. Para o SNI (Serviço Nacional de Informações) e o Cisa (Centro de Informações da Aeronáutica), Aécio Neves era o “Aecinho” ou, na maior parte das vezes, o neto de Tancredo Neves (1910-1985).

Aécio quase sempre é citado em análises genéricas sobre votações na Câmara (foi eleito deputado pela 1ª vez em 1986), conjunturas do PMDB ou da política em Minas.

Em 1984 o SNI registrou, sobre a inauguração do “Comitê Jovem Pró-Tancredo Neves”, que a coordenação nacional dos comitês que ainda seriam inaugurados em outros Estados estava a cargo de “Aécio Neves da Cunha”.

Outro registro de 1984 sobre a “atuação de grupos no campo político contrários ao regime constituído”, diz que houve um debate organizado pelo PMDB Jovem. Aécio compôs a mesa que conduziu os pronunciamentos, “nos quais predominaram críticas à revolução de 1964”.

Essas movimentações antecederam o pleito indireto de 1985, no qual Tancredo foi eleito.

A relativa pouca atenção dada a Aécio tem, de um lado, relação com sua idade. Quando o golpe ocorreu, ele mal havia completado quatro anos. E em 1983, quando começou sua trajetória pública, como secretário do avô, a ditadura vivia seus estertores.

Outra possível razão é que Aécio não era visto como um elemento perigoso à ordem.

Num papel de 1985, os agentes dizem não haver registros sobre ele no campo ideológico. E mesmo quando ele participou do 12º Festival Mundial da Juventude, em Moscou, os agentes viram não uma aproximação com comunistas, mas um sinal de que o evento atingia universo ideológico “bem diversificado”.

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Aécio Neves e Sílvio Tendler – Congresso Internacional da Juventude – Moscou – 1985

Aécio Neves e Sílvio Tendler – Congresso Internacional da Juventude – Moscou – 1985

Foto: Arquivo Pessoal do Socialista

Aécio Neves foi nomeado presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude. Ele chefiou a delegação brasileira no Congresso Internacional da Juventude, em Moscou.

*const. 1987-1988; dep. fed. MG 1987-2002; gov. MG 2003-2010.

Aécio Neves da Cunha nasceu em Belo Horizonte no dia 10 de março de 1960, filho de Aécio Ferreira da Cunha e de Inês Maria Tolentino Neves. Seu pai foi deputado federal por Minas Gerais entre 1963 e 1987. Seu avô materno, Tancredo de Almeida Neves, foi ministro da Justiça (1951-1954), primeiro-ministro (1961-1962), senador (1979-1983), governador de Minas Gerais (1983-1984) e presidente eleito em 1985. Seu avô paterno, Tristão Ferreira da Cunha, foi deputado federal por Minas (1947-1963). Seu primo Francisco Dornelles foi ministro da Fazenda (1985), deputado federal pelo Rio de Janeiro (1987-1996, 1998-1999 e 2002-2007), ministro da Indústria, Comércio e Turismo (1996-1998) e ministro do Trabalho e Emprego (1999-2002) e, a partir de 2007, senador.

Ainda estudante, foi admitido em 1977 como oficial de gabinete no Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Ministério da Justiça, no Rio de Janeiro. Em 1979 concluiu o curso secundário no Colégio São Vicente, também no Rio de Janeiro, e no ano seguinte ingressou no curso de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Belo Horizonte.

Filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), foi presidente da ala jovem da agremiação em Minas entre 1983 e 1984. Na mesma época, foi secretário particular do avô Tancredo Neves, então governador de Minas. Formou-se em economia em 1984, e no ano seguinte, como presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude do Ministério da Educação e Cultura (MEC), viajou a Moscou para representar o Brasil no Congresso Internacional da Juventude.

Após a eleição de Tancredo para a presidência da República em janeiro de 1985, acompanhou-o em viagem à Itália, França, Portugal, Estados Unidos, Peru e Argentina, na condição de secretário particular para assuntos especiais da Presidência. O presidente eleito não chegou, porém, a tomar posse em 15 de março, impedido por doença grave, vindo a falecer em 21 de abril. Em seu lugar assumiu o vice-presidente José Sarney.

Ainda em 1985, como diretor de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF), Aécio Neves foi o representante do Ministério da Fazenda no Congresso Internacional de Loterias. Em janeiro de 1986, declarou à imprensa que deixaria a CEF para disputar, com o apoio de Sarney, uma cadeira na Câmara dos Deputados. Em novembro daquele ano foi eleito deputado federal constituinte na legenda do PMDB com 236.019 votos, a maior votação de Minas Gerais. Tomou posse em 1º de fevereiro de 1987, quando tiveram início os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. Ainda no mesmo mês, ganhou do presidente Sarney o direito de explorar uma emissora de frequência modulada em Betim, que se somou às concessões de estações obtidas em São João del Rey. Também em 1987 propôs o redimensionamento do espaço de cada estado no plano federal, por considerar que a representação mineira em Brasília estava muito aquém do peso político do estado no cenário nacional.

Na Câmara dos Deputados

Na Constituinte, foi primeiro-vice-presidente da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher (1987), titular da Subcomissão da Nacionalidade, da Soberania e das Relações Internacionais (1987), da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher, e suplente da Comissão de Sistematização (1987-1988).

Autor da emenda que instituiu o direito de voto aos 16 anos, votou a favor do rompimento de relações diplomáticas com países com política de discriminação racial, da limitação do direito de propriedade privada, do mandado de segurança coletivo, da remuneração 50% superior para o trabalho extra, do turno ininterrupto de seis horas, do aviso prévio proporcional, da unicidade sindical, da soberania popular, da nacionalização do subsolo, da proibição do comércio de sangue, do mandato de cinco anos para o presidente Sarney e da anistia aos micro e pequenos empresários. Votou contra a pena de morte, a jornada semanal de 40 horas, o presidencialismo, a estatização do sistema financeiro e o limite de 12% ao ano para os juros reais. Absteve-se de votar a limitação dos encargos da dívida externa e a legalização do jogo do bicho. Com a promulgação da Constituição em 5 de agosto de 1988, passou a exercer o mandato ordinário.

Em 1989 trocou o PMDB pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na Câmara dos Deputados foi membro titular da Comissão de Defesa do Consumidor e do Meio Ambiente (1989-1990) e da Comissão de Relações Exteriores (1990), e suplente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação (1989-1990). No Congresso Nacional, foi titular da Comissão Mista de Orçamento (1990).

Em outubro de 1990 elegeu-se deputado federal na legenda do PSDB. Empossado em fevereiro de 1991, foi titular da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias (1991), da Comissão Especial da Legislação Eleitoral e Partidária (1992) e suplente da Comissão de Relações Exteriores. No Congresso Nacional, foi titular da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (1991-1992).

Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou favoravelmente à abertura do processo de impeachment contra o presidente da República Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por ter-se envolvido num amplo esquema de corrupção comandado por Paulo César Farias, que lhe servira como tesoureiro durante a campanha eleitoral. Em 2 de outubro, o vice Itamar Franco assumiu interinamente a presidência da República, após a Câmara aprovar o afastamento de Collor. Com o processo ainda em andamento no Senado Federal, e vislumbrando escassas possibilidades de recuperar o cargo, Collor renunciaria ao mandato, em 29 de dezembro, esperando livrar-se de uma pena de oito anos de inelegibilidade, manobra afinal frustrada. Acolhida a renúncia, Itamar seria efetivado na chefia do Executivo.

Ainda em outubro de 1992 Aécio candidatou-se à prefeitura de Belo Horizonte na legenda do PSDB, não obtendo votação suficiente para assegurar-lhe a passagem ao segundo turno, vencido pelo candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Patrus Ananias.

Em 1993, Aécio assumiu a vice-liderança do PSDB na Câmara dos Deputados e, na organização interna do partido, a terceira-secretaria, à frente das quais permaneceria até 1995. Entre as votações mais importantes submetidas à apreciação dos parlamentares, pronunciou-se a favor da criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), que incidiu sobre operações bancárias, e da instituição do Fundo Social de Emergência (FSE), que concedeu ao Executivo federal uma margem de autonomia na alocação de recursos, autorizando-o a destinar verbas inicialmente previstas para os Ministérios da Educação e da Saúde a outras áreas. Votou contra a proposta que previa o fim do voto obrigatório, que acabou rejeitada pela Câmara.

Nas eleições de outubro de 1994 — cujos resultados foram amplamente favoráveis ao PSDB, que elegeu o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e os governadores de Minas, Eduardo Azeredo, de São Paulo, Mário Covas, e do Rio de Janeiro, Marcelo Alencar — Aécio disputou novamente uma cadeira à Câmara dos Deputados na legenda tucana, tendo como principal base eleitoral a região metropolitana de Belo Horizonte e a cidade de São João del Rey. Reeleito com 105.385 votos, segunda maior votação da coligação à qual o PSDB se integrara e a quarta maior do estado, iniciou novo mandato em fevereiro de 1995.

Titular das comissões de Orçamento e de Relações Exteriores, Aécio apoiou as emendas constitucionais enviadas pelo Executivo à Câmara ao longo do ano legislativo de 1995, votando a favor da abertura da navegação de cabotagem às embarcações estrangeiras, do fim do monopólio estatal das telecomunicações, do fim do monopólio da Petrobras na exploração de petróleo, da prorrogação do FSE, cujo nome foi modificado para Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), do fim das distinções jurídicas entre empresas brasileiras e estrangeiras e do fim do monopólio dos estados na distribuição de gás canalizado.

Em maio de 1996, em meio às discussões sobre a emenda — em cuja defesa a bancada de deputados federais mineiros rapidamente engajou-se — que previa um repasse de até 900 milhões de reais à empreiteira Mendes Júnior de uma verba de oito bilhões destinada pela Medida Provisória nº 1.410 à capitalização do Banco do Brasil (BB), o jornal O Globo noticiou que a empresa doara, em setembro de 1994, 50 mil reais à campanha eleitoral de Aécio. A contribuição, ressalvou o diário carioca, fora legal e estava registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Inicialmente disposto a candidatar-se novamente à prefeitura de Belo Horizonte no pleito de outubro de 1996, Aécio anunciou, em junho, que não disputaria a indicação do partido. A preferência manifesta do governador mineiro Eduardo Azeredo (1995-1998) por Amílcar Martins, amparada em pesquisas qualitativas que revelavam o anseio do eleitorado mineiro por renovação, levou-o a tomar a decisão, capaz de “manter a unidade do partido” em Minas, disse Aécio ao Jornal do Brasil.

Um mês depois, Aécio declarou-se favorável à criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), imposto criado para dotar o Ministério da Saúde de uma fonte suplementar de receita.

Em janeiro de 1997, manifestou-se favorável à emenda constitucional que autorizou a reeleição do presidente da República, dos governadores e dos prefeitos.

Em março, Aécio foi eleito líder do PSDB na Câmara dos Deputados, num confronto com o parlamentar maranhense Jaime Santana, cuja vitória parecia assegurada. A reversão do favoritismo contou com a ajuda decisiva do presidente Fernando Henrique que, temeroso de que Santana pudesse imprimir um perfil mais independente à agremiação caso fosse conduzido à liderança, encarregou o ministro das Comunicações Sérgio Mota de contatar os governadores tucanos — apenas o paulista Mário Covas resistiu-lhe à investida — e a bancada federal, conquistando o apoio a Aécio.

A interferência do palácio do Planalto na escolha do líder na Câmara motivou protestos de deputados tucanos, entre os quais Domingos Leonelli (BA), Zulaiê Cobra Ribeiro (SP) e Roberto Brant (MG). O deputado mineiro rebateu as críticas e lembrou o apoio que lhe deram as bancadas mineira e carioca para lançar-se à disputa e, por fim, acrescentou que não era um “candidato inventado pelo governo”.

Em abril, logo nas primeiras semanas à frente da nova função, Aécio envolveu-se num sério atrito com o líder do Partido da Frente Liberal (PFL) na Câmara, Inocêncio de Oliveira, que ameaçou agredi-lo caso o encontrasse. O deputado mineiro atribuiu a decisão de eliminar do texto da reforma administrativa o “extrateto” salarial de 21.600 reais, que seria concedido a alguns funcionários públicos, à iniciativa dos tucanos. Aécio sugeriu a Inocêncio, a quem acusou de defender a proposta, não “ter vergonha de mudar de posição”. O parlamentar pefelista irritou-se com o comentário, veiculado em uma nota de O Globo, e afirmou que a supressão do “extrateto” devia-se a acordo firmado entre PFL e PSDB. O episódio deixou seqüelas e abriria uma fase de péssimo relacionamento entre os dois líderes.

Um dia após revelar ao jornal O Estado de S. Paulo, em maio, que Fernando Henrique resolvera não mais se envolver diretamente nas negociações das reformas constitucionais em tramitação no Congresso, deixando-as para os líderes dos partidos, Aécio foi recebido pelo presidente, que lhe informou ter convidado o deputado federal Luís Eduardo Magalhães, filiado ao PFL, para assumir a liderança do governo na Câmara. Ao sair do encontro, Aécio afirmou que a assunção de um pefelista ao comando da articulação governista exigiria uma compensação para o PSDB, pleiteando o Ministério da Coordenação Política, então a cargo do peemedebista Luís Carlos Santos.

Ante a resistência do PMDB em entregar a pasta — o aceno dos líderes da agremiação em negar os votos necessários à aprovação das reformas persuadiu o presidente a mantê-la sob a chefia de Santos — e a insatisfação dos correligionários, cuja perda de espaço no governo evidenciava-se com a presença de Luís Eduardo, Fernando Henrique decidiu criar um Conselho Político, no qual todos os líderes partidários teriam assento. A proposta satisfez aos tucanos momentaneamente e Aécio, novamente convocado ao palácio da Alvorada por Fernando Henrique, dispôs-se a aceitar a nomeação do pefelista, desistiu de pleitear a pasta peemedebista e esclareceu que “o PSDB não quer cargos, quer apenas que as reformas sejam aprovadas”.

Em novembro, Aécio ajudou a aprovar a emenda constitucional que pôs fim à estabilidade dos servidores públicos.

Reelegeu-se deputado federal em outubro de 1998 na legenda do PSDB mineiro, mais uma vez com expressiva votação. Tendo recebido 185.051 mil votos, foi o mais votado do PSDB e o terceiro em todo o estado. Em novembro, manifestou-se favorável à reforma da Previdência que fixou um teto salarial para a aposentadoria dos servidores públicos e estabeleceu idade e tempo de contribuição mínimos para os trabalhadores do setor privado. Iniciou novo mandato na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1999, momento em que assumiu novamente a liderança do partido. Em 2000, permaneceu na liderança.

Na Presidência da Câmara dos Deputados

Em 2001, a base aliada do governo FHC tentou aparar as arestas. Mas, o acirramento das divergências foi maior do que o esperado. Era ano de escolha dos presidentes das casas legislativas e PSDB, PFL e PMDB não conseguiam se entender com relação aos candidatos para o cargo. No Senado, o PMDB pretendia emplacar Jader Barbalho (PMDB-PA) para a presidência, enquanto Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) rejeitava decisivamente tal ideia. Essa disputa se espelhou na escolha para a presidência da Câmara, em que Inocêncio Oliveira (à época, no PFL-PE) disputava o cargo com Aécio Neves, que passou a ser apoiado pelo PMDB, em represália ao veto de ACM à candidatura de Jader. Assim, a candidatura de Aécio, que parecia fadada ao fracasso diante do favoritismo de Inocêncio, cresceu e se tornou hegemônica. Buscando manter a base aliada, FHC reuniu-se com líderes dos partidos em busca de um consenso que não esgarçasse ainda mais a base aliada. A ação de FHC não foi muito bem recebida pelos candidatos e ele recuou na interferência, ao menos de maneira pública. De qualquer modo, o PFL passou a atuar contra FHC no Congresso, exigindo maior apoio do presidente ao partido. FHC, por sua vez, ameaçou o PFL de tomar seus cargos na máquina estatal. Em meio à disputa, surgiram denúncias de pagamento a deputados do PFL para a troca de legendas, rumo ao PMDB.

Em 14 de fevereiro, Aécio foi eleito presidente da Câmara no primeiro turno, com 283 votos, contra 117 de Inocêncio. Foi o primeiro filiado ao PSDB que se tornou presidente da Casa. A aliança de seu partido com o PFL saiu muito minada desse episódio em que Aécio aproveitou a cisma entre ACM e Jader para colocar o PSDB também no terceiro posto da hierarquia presidencial.

A partir de então, o esforço foi de recompor a base aliada, processo que não foi muito frutífero. Havia também um grande número de projetos considerados importantes pelo governo para serem votados. Outro aspecto importante do início dos trabalhos de Aécio como presidente da Câmara disse respeito ao aumento de verbas para os parlamentares – num jogo de negociações com o então primeiro-secretário da Casa, deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE).

Com a morte de Mário Covas, o PSDB passou a contar com novos líderes, entre os quais Aécio. Visando as eleições de 2002 e com o distanciamento do PFL, Aécio e o PSDB retomaram as bandeiras da ética e da transformação social. Foi principalmente no que diz respeito à corrupção que Aécio, como presidente da Câmara, teve que lidar com maiores dificuldades. Primeiro, a disputa entre Jader e ACM redundou na acusação de que o senador baiano teria participado da violação do sigilo do painel de votação do Senado, buscando informações sobre o processo de cassação de Luiz Estevão. Essa acusação incluiu o senador pelo Distrito Federal José Roberto Arruda, então no PSDB. ACM e Arruda renunciaram aos mandatos para não serem cassados. Além disso, a oposição buscou instalar uma CPI mista sobre a corrupção, retomando as acusações que envolviam Eduardo Jorge, ex-secretário geral da Presidência. A CPI não foi adiante.

Aécio colocou em discussão na Câmara a limitação do número de Medidas Provisórias (MPs) editadas pelo governo. Entre os dias 26 e 28 de junho, Aécio se tornou provisoriamente presidente da República, devido à viagem de FHC e seu vice, Marco Maciel. Nessa presidência interina, teve que enfrentar um ato de protesto contra a corrupção, que reuniu mais de 30 mil manifestantes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A manifestação terminou em confronto entre policiais e um grupo de manifestantes. Aécio declarou que a organização da manifestação agiu de forma correta e pacífica e que o confronto foi resultado da ação isolada de um grupo.

Com a escalada de denúncias envolvendo Jader Barbalho, com a disputa entre os partidos da base aliada acirrada e com as discussões envolvendo a sucessão presidencial em 2002 sem resultados conciliatórios, Aécio propôs a discussão de um “pacote ético”, em busca de resgatar a credibilidade do Congresso Nacional frente a opinião pública. Tratou-se de retomar a votação de uma série de propostas que restringiriam alguns privilégios de deputados e senadores. A maioria dos líderes dos partidos reagiu negativamente à votação do “pacote ético”. Aprovaram, porém, um Código de Ética e Decoro Parlamentar. Votaram também remodelação na imunidade parlamentar.

Ao final de 2001 e início de 2002, o PSDB passou por grande disputa interna para decidir o candidato à sucessão de FHC na presidência. Houve debates entre os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Serra (PSDB-SP), que ocupava o Ministério da Saúde e acabou tornando-se o candidato do partido. Aécio participou ativamente dos debates sobre a sucessão, tendo inclusive seu nome cogitado por políticos do PSDB para sanar as cisões ocorridas.

Em 2002, Serra foi derrotado na eleição presidencial por Luiz Inácio Lula da Silva. Aécio disputou o governo de Minas Gerais, sendo eleito com 5.282.043 votos já no primeiro turno. NO dia 31 de dezembro de 2002, renunciou ao mandato de deputado federal por Minas. No dia seguinte foi empossado governador de Minas Gerais.

No Governo de Minas Gerais

Durante todo o seu governo em Minas Gerais, Aécio foi lembrado como candidato à presidência. Manteve boa relação com o presidente Lula, mesmo se mantendo na oposição. Aécio implantou em Minas Gerais o que chamou de um “Choque de Gestão”, interessado na reorganização do aparato institucional do Estado.

Ao longo deste primeiro mandato, articulou seu nome para a candidatura à presidência da República. Disputava com José Serra e Geraldo Alckmin (então governador de São Paulo) a preferência do partido. Depois de muita indecisão, foi preterido por Alckmin, que acabou derrotado por Lula em 2006.

Não tendo seu nome escolhido para a candidatura à presidência, candidatou-se novamente ao governo de Minas Gerais. Foi reeleito com 7.482.809 de votos, o que representaram 77% dos votos válidos, a segunda maior votação proporcional para governador naquele ano. A eleição demonstrou que a aprovação a seu governo era grande. Seus projetos nas áreas de transporte e desenvolvimento social tiveram impacto positivo, bem como o “Choque de Gestão”.

Em 2008, costurou uma aliança entre o PSDB e o PT para a candidatura à prefeitura de Belo Horizonte. Ainda que a direção nacional do PT tenha negado a concretização dessa aliança, ela acabou ocorrendo na forma da candidatura de Márcio Lacerda (PSB-MG), então secretário de desenvolvimento de Minas Gerais, na gestão de Aécio, e que teve por vice Roberto Vieira de Carvalho, à época deputado estadual por Minas Gerais na legenda do PT. O PSDB não lançou candidato ao governo e apoiou informalmente a candidatura de Lacerda.

Ainda em 2008, Aécio conseguiu junto ao Banco Mundial um empréstimo no valor de US$ 976 milhões, a fim de dar continuidade ao programa “Choque de Gestão”. Segundo o Banco Mundial, o empréstimo visa ampliar “a oferta e a melhoria da qualidade e da eficiência de serviços e bens públicos, reforçando os avanços fiscais e macroeconômicos obtidos e as reformas já implementadas, e ao mesmo tempo, incentivando o crescimento econômico e a redução da pobreza no estado”.

Em 2009, disputou com José Serra a nomeação pelo PSDB para a sucessão presidencial. Em 31 de março de 2010, desincompatibilizou-se do cargo de governador de Minas Gerais para disputar o mandato de senador.

Foi casado com Andréa Falcão da Costa Leite Cunha, com quem teve uma filha.

Sobre o biografado foi publicado Aécio Neves, de facto et de jure (2005).

Nara Santana/Rogério Alves de Barros/Manoel Dourado Bastos (atualização)

FONTES: ASSEMB. LEGISL. MG. Dicionário biográfico; ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995, 1995-1999); COELHO, J. & OLIVEIRA, A. Nova; Estado de S. Paulo (4/2/87, 9/3 e 24/5/97); Folha de S. Paulo (30/1/86, 22/1/87, 22/7/88, 6/11/98, 01/01/2001, 05/01/2001, 10/01/2001, 03/02/2001, 15/02/2001, 06/04/2001, 08/04/2001, 20/04/2001, 05/06/2001, 27/06/2001, 08/06/2001, 02/08/2001, 03/08/2001, 04/10/2001); Globo (22/7/88, 23/5/96, 5/3, 16 e 17/4, 26 e 28/5 e 11/7/97); Jornal do Brasil (9/2/87, 9/8/89, 8/6 e 25/9/96, 28/5 e 24/7/97); Olho no Congresso/Folha de S. Paulo (31/1/95, 14/1/96, 30/1/97 e 5/2/98); Olho no voto/Folha de S. Paulo (18/9/94 e 29/9/98); Perfil parlamentar/IstoÉ (1991); Veja (23/7/97), Isto É (18/02/2009), Agência Reuters (28/05/2008), Comunicado à Imprensa – Banco Mundial (13/08/2008).

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Reino Unido vai investigar envolvimento da Rússia em 14 mortes no país

Do UOL, em São Paulo 13/03/201813h42

A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, disse que a polícia e os serviços de segurança do país irão investigar alegações de envolvimento do Estado russo em diversas mortes no Reino Unido nos últimos anos, mostrou carta publicada nesta terça-feira (13).

A decisão vem em meio a uma troca de acusações entre Londres e Moscou sobre um ataque com uma substância química contra um ex-espião russo, Serghei Skripal, em Salisbury, na semana passada. O ex-agente foi atacado com sua filha e está em estado grave. O Reino Unido suspeita que o governo russo esteja por trás da ação, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento.

Entre os casos que serão reabertos, estão o do oligarca Boris Berezovsky, morto na Inglaterra após protagonizar desavenças com o presidente russo, Vladimir Putin, e do magnata russo Alexander Perepilichnyy, que revelou lavagem de dinheiro envolvendo a Receita russa e mafiosos.

Na semana passada, o presidente da Comissão de Assuntos Internos do Parlamento escreveu à ministra pedindo pela revisão de 14 mortes que, originalmente, não haviam sido tratadas como suspeitas pela polícia, mas que foram repetidamente ligadas à Rússia em reportagens da mídia.
“Vou querer me certificar de que as alegações não são nada mais do que isso”, disse Amber Rudd em resposta publicada nesta terça-feira. “A polícia e o (serviço de inteligência do Reino Unido) MI5 concordam e irão auxiliar nesse empenho”.

O Reino Unido deu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, até a meia-noite desta terça-feira para explicar como um agente nervoso desenvolvido pela União Soviética foi usado para envenenar um ex-agente duplo russo que passou segredos para a inteligência britânica.

A Rússia disse não ter nenhuma ligação com o ataque e afirmou que irá ignorar o ultimato britânico até que Londres entregue amostras do agente nervoso utilizado e comece a cumprir suas obrigações de acordo com a Convenção de Armas Químicas, que prevê investigações em conjunto em casos deste tipo.

“Quaisquer ameaças para impor ‘sanções’ contra a Rússia não ficarão sem respostas”, disse o Ministério de Relações Exteriores em comunicado. “O lado britânico deve entender isso.” (Com agências internacionais)

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Marxismo e Teologia da Libertação

Por Percival Puggina

Quem condena a riqueza, dissemina a pobreza. Sem riqueza não há poupança e sem poupança não há investimento. Sem investimento, consomem-se os capitais produtivos preexistentes, surge uma economia de subsistência, vive-se da mão para a boca, aumenta o número de bocas e diminui o numero de mãos. Quem defende o socialismo sustenta que a ideia é exatamente essa e que assim não há competição ou meritocracia, nem desigualdade.

Quando o Leste Europeu estava na primeira fase, consumindo os bens produtivos preexistentes, nasceu a teologia da libertação (TL), preparada pelos comunistas para seduzir os cristãos. A receita – uma solução instável, como diriam os químicos, de marxismo e água benta – se preserva ainda hoje. Vendeu mais livros do que Paulo Coelho. Em muitos seminários, teve mais leitores do que as Sagradas Escrituras. Aninhou-se, como cusco em pelego, nos gabinetes da CNBB. Resumidamente: perante a questão da pobreza, a TL realiza o terrível malabarismo de apresentar o problema como solução e a solução como problema. Assustador? Pois é. Deus nos proteja desse mal. Amém.

A estratégia é bem simples. A TL vê o “pobre” do Evangelho, cumprimenta-o, deseja-lhe boa sorte, saúde e vida longa, e passa a tratá-lo como “oprimido”. Alguns não percebem, mas a palavra “oprimido” designa o sujeito passivo da ação de opressão. O mesmo se passa quando o vocábulo empregado na metamorfose é “excluído”, sujeito passivo da exclusão. E fica sutilmente introduzida a assertiva de que o carente foi posto para fora porque quem está dentro não o quer por perto.

A TL proporciona a mais bem sucedida aula de marxismo em ambiente cristão. Aula matreira, que, mediante a substituição de vocábulos acima descrita, introduz a luta de classes como conteúdo evangélico, produzindo o inconfundível e insuperável fanatismo dos cristãos comunistas. Fé religiosa fusionada com militância política! Dentro da Igreja, resulta em alquimia explosiva e corrosiva; vira uma espécie de 11º mandamento temporão, dever moral perante a história e farol para a ordem econômica. Por fim, anula as possibilidades de superar o drama da pobreza. A TL substitui o amor ao pobre pelo ódio ao rico, e acrescenta a essa perversão o inevitável congelamento dos potenciais produtivos das sociedades.

Todos sabem que Frei Betto é um dos expoentes da teologia da libertação. Em O Paraíso Perdido (1993), ele discorre sobre suas muitas conversas com Fidel Castro. Num desses encontros, narrado à página 166, falava-se sobre a TL. Estavam presentes Fidel, o frei e o “comissário do povo”, D. Pedro Casaldáliga, espécie de Pablo Neruda em São Félix do Araguaia. Em dado momento, o bispo versejador comentou a resistência de João Paulo II à TL dizendo: “Para a direita, é mais importante ter o Papa contra a teologia da libertação do que Fidel a favor”. E Fidel respondeu: “A teologia da libertação é mais importante que o marxismo para a revolução latino-americana”.

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Uma explicação para o dia das mulheres segundo os socialistas

Por: Levante Popular da Juventude-PR shared Levante Popular da Juventude’s post.
VOCÊ SABE AS ORIGENS DO DIA DAS MULHERES?

Muitas pessoas acreditam que as comemorações do dia das mulheres se iniciaram em homenagem às trabalhadoras que morreram em um incêndio numa fábrica dos Estados Unidos. Mas, na verdade esse é um dos maiores mitos difundidos na história.

De fato, houve um incêndio em uma fábrica têxtil; a Triangle shirtwaist Company, em Nova York no dia 25 de março de 1911, onde 146 operárias/os foram mortos/as, sendo a brutal maioria de mulheres. No entanto, o Dia da Mulher – Woman Day’s – já era comemorado nos EUA desde 1908, no último domingo de fevereiro – três anos antes do famoso incêndio.

🔵 VAMOS ENTENDER MELHOR O QUE ACONTECEU NA ÉPOCA?

No final do Século 19 e início do Século 20 efervesciam as discussões e mobilizações sobre o Sufrágio feminino. Nessa época, as mulheres ainda não tinham uma série de direitos como o de estudar, de trabalhar e ter igual salário, de se divorciar, e também o direito político de votar. Esse período de intensa organização feminina por direitos com foco na luta pelo sufrágio, é conhecido na história como a 1ª onda do feminismo.

Geralmente, quando pesquisamos sobre a 1ª onda, os olhares se voltam às movimentações que ocorreram nos EUA e Inglaterra. Todavia, na Alemanha existia um poderoso movimento de mulheres trabalhadoras, desenvolvido a partir da forte organização das lutas operárias apoiadas por sindicatos e pelo Partido Social-Democrata (PSD), de orientação socialista, o único que reivindicava em seu programa a luta das mulheres.

A frente do movimento estava Clara Zetkin. Clara se tornou uma excelente oradora, muitas vezes subiu em tribunas para falar à uma plateia hegemonizada por homens, confrontando a noção do papel das mulheres naquela época. Ficou conhecida internacionalmente pela sua atuação no Congresso da Segunda Internacional (ou Internacional Socialista) em 1889, onde foi uma das 8 mulheres delgadas dos 400 que se somavam de 19 países. Sua ação ao longo dos anos seguintes, foi organizar as mulheres para torna-las fortes e conquistar direitos para transformar a sociedade através de uma revolução, abolindo as classes sociais e a opressão das mulheres.

Em 1910, aconteceu em Copenhague a 2ª Conferência Internacional de Mulheres Socialistas. Nos debates, Clara Zetkin propôs organizar a celebração de um Dia Internacional das Mulheres, inspirado no “ Woman’s Day ” Americano. É importante dizer que o Dia da Mulher passou a ser comemorado nos EUA a partir de 1908, após uma resolução da Segunda Internacional (proposta pela própria Clara Zetkin no Congresso de 1907), segundo a qual todos os partidos socialistas membros deveriam promover em seus países um dia de reivindicação do direito de voto das mulheres.

O Woman’s Day foi um sucesso, sobretudo em 1910 na cidade de Nova York, devido à greve geral de 13 semanas do setor têxtil, conhecido como “O Levante das 20 mil”. Resistindo aos empresários, policiais e juízes, a greve reivindicava melhores condições de trabalho e melhores salários. A greve se encerrou 12 dias antes das comemorações do Dia da Mulher (todo último domingo de fevereiro), e contou com a participação das operárias grevistas da fábrica Triangle Shirtwaist Company, dando o caráter da classe trabalhadora às reivindicações pelo direito do Sufrágio Universal. Um ano depois, no dia 25 de março, a maioria delas foram mortas no incêndio, por imprudência dos patrões que trancavam os portões das saídas de emergência para evitar furtos por parte das trabalhadoras.

Por fim, devido ao êxito das comemorações americanas e da deliberação do congresso das mulheres, internacionalizou-se o “Women’s Day“ – Dia das Mulheres -, no plural, abarcando as diversas nacionalidades das mulheres trabalhadoras. Portanto, foi definido que haveria um dia específico para a reivindicação das mulheres, embora não tenha sido definido o dia exato para as celebrações.

🔵 ENTÃO PORQUE 8 DE MARÇO?

Se na Alemanha Clara Zetkin tinha papel fundamental na organização das mulheres trabalhadoras, na Rússia era Alexandra Kollontai quem estava à frente do movimento. Alexandra iniciou sua vida política ao participar dos protestos que culminaram no episódio conhecido “Domingo Sangrento” de 1905, quando o Tsar mandou matar a população que se manifestava. Kollontai, começou a frequentar círculos de estudos marxistas em São Petersburgo, onde conheceu a camarada Nádia Krupskaya – que posteriormente veio a ser a primeira mulher que escreveu uma obra marxista sobre as questões das mulheres na Rússia.

As duas se integraram ao Partido Social-Democrata Russo e posteriormente foram para a ala Bolchevique, onde desenvolveram um vasto trabalho com as operárias e camponesas.
Kollontai era integrante do Secretariado Internacional de Mulheres junto a sua parceira e amiga, a alemã Clara Zetkin, ao lado da qual, na 2ª Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, defendeu a necessidade do Dia Internacional das Mulheres. No entanto, as comemorações não ocorreram na Rússia até 1913, quando foi organizado um encontro no edifício da bolsa de São Petersburgo, no dia 23 de fevereiro do antigo calendário Russo – 8 de março, no calendário ocidental. No mesmo dia, atividades da luta das mulheres aconteceram em outras cidades como Kiev, Samara e Tíflis. Mas os encontros foram dissolvidos pela polícia do Tsar, pois na época eram proibidos encontros com a participação das mulheres.

Nos anos seguintes, impulsionado pelo Partido Bolchevique, o dia 23 de fevereiro (no calendário Russo/Juliano) foi comemorado na Rússia como Dia Internacional da Mulher. Em 1916, apesar de ter sido uma comemoração mais discreta, o Dia da Mulher foi dedicado a protestar contra a Primeira Guerra Mundial. Um ano depois, o dia 23 de fevereiro deu início ao que o mundo veio a conhecer como Revolução Russa. De acordo a historiadora Ana Isabel Ávarez Gonzáles;

“ Segundo todas as fontes, os fatos começaram no dia anterior, quando os operários da fábrica de armamentos de Putilov a encontraram fechada no momento em que tentaram entrar para começar sua jornada de trabalho. As mulheres de Petrogado, que tinham se convertido em chefes de família enquanto os homens estavam na frente de guerra, cansadas da escassez e dos altos preços dos alimentos, saíram às ruas”.

Ao longo do protesto, as donas de casa que ficavam por horas nas filas para buscar o pão se uniram as operárias, e no dia seguinte somaram 190 mil mulheres que cantavam a palavra de ordem: “Pão! Nossos filhos estão morrendo de fome!”. O motim iniciado pelas operárias no dia 23 de fevereiro de 1917 impulsionou grandes manifestações nos dias seguintes, que culminaram na derrubada do Tsar e colocaram em marcha o processo revolucionário de tomada do poder pelas trabalhadoras e trabalhadores, em outubro do mesmo ano, sintetizado no mote “Todo poder aos sovietes”.

Após a conquista do poder, em 1919 foi fundado a Terceira Internacional Comunista (ou Komintern), e seu congresso foi realizado em Moscou, contando com a participação de 82 delegadas vindas de 21 países diferentes. Em conjunto ocorreu a 1ª Conferência Internacional de Mulheres Comunistas. Na conferência foi apresentada uma resolução com a proposta de celebrar oficialmente o Dia Internacional das Mulheres no dia 8 de março, em memória ao 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário russo), motivado pelo papel que mulheres russas tiveram na revolução.

Nas palavras de Alexandra Kollontai, que se tornou Ministra e a 1ª mulher no mundo a ser embaixadora:
“O Dia das Mulheres de 1917 tornou-se memorável na história. Nesse dia as mulheres russas ergueram a tocha da revolução proletária e incendiaram todo o mundo. A revolução de fevereiro se iniciou a partir desse dia.”

O 8 de março na Rússia (23 de fevereiro de 1917 no calendário juliano) marca o início do processo revolucionário impulsionado pelas mulheres, ao mesmo tempo era a data que as Russas celebravam o Dia das Mulheres Trabalhadoras.
Essa data tão simbólica para a vida das mulheres foi estabelecida para que a comemoração do Dia Internacional das Mulheres fixasse no 8 de março em todo o mundo.

Fonte: As Origens do Dia Internacional das Mulheres de Ana Isabel Álvarez González.

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Rather than slow down change to protect a small number of workers at the expense of the vast majority and the progress, policymakers should focus on doing significantly more to help workers transition easily into new jobs and new occupations
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