Se não fosse o estado regulando e “nos protegendo”, as grandes corporações mandariam em tudo e escravizariam a humanidade!
Este argumento baseia-se na falsa persepção de causa-consequência. O problema desse argumento é que praticamente todas as grandes corporações malvadonas hoje se beneficiaram enormemente justamente da “proteção” do estado.
Então, o argumento acaba virando “o governo precisa nos proteger dos problemas que ele cria!”.
Não é só Brasil com suas JBS, Odebrecht e afins. Nos EUA enormes corporações são beneficiadas por leis corporativistas, protecionistas e intervencionistas, além de políticas de juros baixos. Na Europa o Banco Central Europeu está imprimindo dinheiro para entregar para grandes empresas, as beneficiando diretamente, assim como já vimos a socialização do prejuizo e a privatização dos lucros na crise de 2008 dos EUA. Onde as pessoas pagaram o prejuízo da crise ao não deixar as empresas que deveriam ter quebrado, quebrarem.
É o concorrente de uma daquelas empresas tendo que pagar para seu concorrente se reerguer. O debate nestes casos sempre é desviado para um ponto que a ajuda aos corporativistas é uma ajuda na verdade para o povo pobre e necessitado, quando na verdade, é nítido não ser. A briga não é para salvar emprego e nem nada. A briga é conduzir o dinheiro roubado do povo para as empresas amigas dos governantes.
É muito difícil nomear uma grande empresa que não se beneficiou significativamente com a “proteção” do estado para evitar “desbalanços de mercado”. E justo por isso é fácil imaginar que um mercado sem intervenção teria muito mais dispersão de poder econômico, menos clãs controladores e mais empreendedores pequenos.